Um estudo apresentado pela Sociedade Europeia de Cardiologia mostrou que dormir cedo aumenta a probabilidade desenvolver pressão alta e de comprometer a qualidade do sono. 2400 homens adultos com idade entre 40 e 60 anos participaram do teste, que visava comparar quem sofria com problemas de pressão alta com quem tinha pressão normal.
O grupo de homens com pressão arterial saudável foi dormir 20 minutos depois dos que tinham o problema. Os dois grupos tinham uma média de sono de 6,2 horas por noite. Os que eram vítimas de pressão alta afirmaram que a qualidade de seu sono era ruim. Porém, o outro outro grupo com a pressão normal sentia-se mais descansado, mesmo tendo dormido mais tarde, o que significa menos horas.
Curiosamente com as mulheres isso não acontece. Nobuo Sasaki, um dos autores da pesquisa, falou sobre o estudo: “dormir cedo foi associado a pressão alta em todos os casos”, explicou. O fundamento usado para esclarecer o problema é que a hipertensão é capaz de alterar o relógio biológico e os ritmos circadianos, o que causa exaustão nessas pessoas durante sua noite de sono.
Sob pressão
Também conhecida como hipertensão arterial, a pressão alta atinge 30% da população adulta, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença não tem cura, mas é possível tratá-la e manter uma vida com qualidade. “Uma vez que o diagnóstico é feito, o tratamento é para o resto da vida. Com o tempo, os procedimentos podem mudar, trocando os medicamentos, adicionando um ou excluindo o outro. Às vezes, uma dieta equilibrada passa a ser o suficiente para controlar o problema, sem a necessidade de medicação”, salienta a cardiologista Andrea Brandão.
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Sintomas
Um dos maiores empecilhos para descobrir a hipertensão é que raramente aparecem sintomas. Porém, quando um indivíduo apresenta pressão alta grave ou prolongada e não tratada, ele pode sofrer de dores de cabeça, vômito, falta de ar, agitação e visão borrada, decorrências de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.
Texto Redação Alto Astral / Consultoria Andrea Brandão, cardiologista