O refluxo e a azia possuem relação com outras doenças graves. Sobretudo, é importante destacar que a azia — ao contrário do refluxo — não é uma considerada uma doença, mas, sim, um sintoma. “Ela é descrita como uma sensação de queimação que vai da boca do estômago até a garganta, causada pelo refluxo”, confirma a gastroenterologista Sílvia Furtado.
HÉRNIA DE HIATO
Caracteriza-se pela passagem anormal do estômago para o tórax e acontece devido a uma abertura natural no diafragma (músculo que separa o abdômen do tórax). O problema pode ser congênito ou adquirido durante a vida — geralmente é causado pela fraqueza dos tecidos que mantêm o estômago em sua posição normal, por conta de fatores como obesidade, idade avançada, gravidez, dentre outros motivos. Os sintomas para o problema normalmente se resumem em azia, arrotos, dificuldades para engolir, fadiga e dor no peito. Contudo, a hérnia de hiato raramente apresenta sintomas.
ESÔFAGO DE BARRET
A doença ocorre quando há uma transformação das células do revestimento da porção inferior do esôfago, ficando parecidas com a do estômago. O motivo? O esôfago de Barret acontece em decorrência de uma agressão da porção inferior do esôfago por muitos anos, causado pelo refluxo gastroesofágico. O esôfago não possui uma camada de proteção (ao contrário do estômago), por isso, quando há refluxo com frequência, uma inflamação é causada no órgão. Os sintomas mais comuns são: azia, queimação, sensação de desconforto na região do tórax e até a dor na garganta.
ÚLCERA
É uma ferida que pode acontecer em vários órgãos, inclusive no estômago. As principais causas para o problema são fatores genéticos, aparecimento de bactérias, uso constante de anti-inflamatórios e estresse recorrente. Após identificada a úlcera, é importante passar longe de substâncias que estimulam a produção de ácidos, parar de fumar e controlar o estresse.
GASTRITE
Ela é definida como uma inflamação que ocorre na parede do estômago. “Os sintomas mais comuns são azia e má digestão, com sangramento ou não no tubo digestivo”, destaca a nutricionista Patrícia Ramos. Além dos medicamentos indicados pelo especialista para tratar a doença, também é recomendada a mudança de hábitos: evitar alimentos gordurosos e diminuir o consumo de álcool são ótimas medidas.
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Consultoria Sílvia Furtado, gastroenterologista; Patrícia Ramos, nutricionista