Já aos três anos de idade é preciso fazer a primeira visita ao oftalmologista. Ao longo da vida, existem uma série de precauções que se devem tomar para não ser vítima das doenças oculares, já que muitas delas são irreversíveis e podem levar à cegueira. Conheças e fique de olho!
OLHO SECO
Ocorre uma deficiência de qualidade na composição do filme lacrimal. Os sintomas mais comuns são: irritação, sensação de corpo estranho, ardência, secreção, “borramento” da visão, fotofobia, coceira e sensação de peso nas pálpebras. “Os sintomas melhoram com os olhos fechados e o tratamento é feito com uso de lágrimas artificiais na forma de colírio e pomada”, explica Fábio Slompo Ramos, oftalmologista.
TERÇOLHO
O terçol ou terçolho (nome popular para hordéolo externo) é um acúmulo de pus causado por uma infecção aguda de uma parte do cílio, gerando dor. Um hordéolo interno é também um acúmulo de pus, porém mais doloroso que o terçol. “O tratamento é feito com higiene e compressas mornas”, orienta Fábio Ramos.
PRESSÃO OCULAR
A normal varia de 10 a 20mm de Hg, e deve ser medida em pacientes acima de 40 anos ou quando há suspeita de aumento da pressão ocular. Em caso de aumento, podemos estar frente a um glaucoma, que, se não controlado, pode levar à morte do nervo óptico e, consequentemente, à cegueira.
GLAUCOMA
É uma doença onde ocorre perda progressiva da visão, devido a um dano no nervo óptico. Está associada ao aumento da pressão do olho. Se diagnosticada e tratada precocemente, a perda visual pode ser evitada. Se não tratada adequadamente pode levar à cegueira. “O tratamento é feito principalmente com colírios e, em alguns casos, com cirurgia”, esclarece Fábio.
BLERARITE
É uma inflamação muito comum que ocorre nas margens das pálpebras. Os sintomas mais presentes e comuns são: ardor, sensação de corpo estranho, fotofobia (aversão à luz) e crostas que pioram pela manhã. “O tratamento pode demorar várias semanas e consiste na higiene constante da margem da pálpebra, pomadas de antibiótico, esteróides tópicos fracos e lágrimas artificiais, dependendo da intensidade do quadro”, explica o oftalmologista.
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CONJUNTIVITE
É a inflamação da parte externa do globo ocular, chamada conjuntiva. “Pode ser infecciosa (vírus ou bactérias) ou alérgica”, explica o oftalmologista Francisco Grupenmacher. Os sintomas são olho vermelho, secreção e sensação de corpo estranho. Na grande maioria dos casos, evoluem bem, sem levar a perda da visão ou deixar cicatrizes. Para o tratamento, são utilizados compressas geladas e colírios antibióticos, na suspeita de infecção, e colírios anti-alérgicos, na suspeita de alergias.
UVEÍTE
É uma inflamação, cujos sintomas, em caso de uveíte aguda, são fotofobia, dor, vermelhidão, diminuição da visão e lacrimejamento. Na uveíte crônica, no entanto, o olho pode estar branco e haver sintomas mínimos, mesmo quando há uma inflamação severa. Na uveíte intermediária e posterior, pode ocorrer uma diminuição da visão. O tratamento é feito com colírios e medicação sistêmica.
Consultoria Fábio Slompo Ramos, oftalmologista; Francisco Grupenmacher, oftalmologista