Doença degenerativa: entenda a importância do diagnóstico

Aprenda porque é importante identificar a presença de alguma doença degenerativa e iniciar seu tratamento o quanto antes.

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O Alzheimer é considerado uma doença degenerativa do sistema nervoso. Isso significa que os neurônios deixam de funcionar progressivamente, prejudicando as demais funções coordenadas pelo cérebro. Não se trata de um problema desencadeado por algum tipo de infecção ou tumor. A causa pode envolver tanto fatores genéticos quanto hábitos nocivos (alimentação desregrada e sedentarismo, por exemplo), que se tornaram comuns no estilo de vida moderno. E não é só o Alzheimer que ameaça quem se enquadra nesse grupo.

Doença desenho cérebro

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Parkinson

Os tremores nas mãos são o sintoma mais conhecido. Porém, é grande o risco de uma piora nesse quadro: “Os sintomas motores se agravam com a evolução da doença, como alteração da fala e da escrita, além de dificuldade para engolir e caminhar. Em estágios mais avançados da doença, pode haver dificuldade para dormir, constipação intestinal e alterações da parte cognitiva. Contudo, a doença em si não é causa direta de morte”, descreve a neurologista Vanderci Borges. O Parkinson ocorre por uma disfunção na região do cérebro conhecida como substância negra, onde é produzida a dopamina, um neurotransmissor que conduz os impulsos elétricos cerebrais para o resto do corpo. Não existe uma cura, mas o tratamento envolve tanto medicamentos que evitam a diminuição da dopamina quanto o acompanhamento da fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional — para alguns pacientes, há a possibilidade de cirurgia.

Esclerose múltipla

Os impulsos que partem do cérebro para o resto do corpo, ou fazem o caminho inverso, dependem dos axônios, condutores nervosos presentes nos neurônios, que são envolvidos por uma membrana chamada bainha de mielina. Em pessoas que apresentam esclerose múltipla, o próprio organismo cria anticorpos que atacam essa camada protetora, fazendo com que os impulsos se percam no meio do caminho. A doença costuma manifestar-se entre os 20 e 30 anos de idade e atinge, na maioria, as mulheres. Os sintomas mais comuns são a perda de sensibilidade dos membros (com eventuais formigamentos) e visão turva, que podem perdurar por algumas semanas e depois desaparecerem — existem casos que, entre um surto e outro, passam-se anos, complicando bastante o diagnóstico.

Quando o quadro evolui, as funções motoras ficam seriamente comprometidas. Apesar das dificuldades com o movimento, geralmente os portadores não apresentam problemas de raciocínio. Durante as fases agudas, são adotados medicamentos corticoides, ficando os imunosupressores e imunomoduladores — que inibem a produção de anticorpos pelo sistema imunológico — para os períodos de intervalo.

Foto: Shutterstock

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Doença de Huntington

Menos conhecido que os anteriores, o problema é mais um com consequências sérias para os portadores, pois também acaba comprometendo as áreas motora (movimentos involuntários, agitação), cognitiva (perda de memória, incapacidade para trabalhar) e emocional (agressividade, mudanças de humor, depressão). Embora possa acometer crianças e idosos, o comum é que os sintomas surjam na faixa dos 30 aos 50 anos. A doença afeta especificamente as células da região do cérebro denominada gânglios da base. Um exame de sangue pode atestar a presença do gene que causa o distúrbio, mas vale lembrar que o teste não é capaz de prever quando ele irá se manifestar, assim como seu desenvolvimento e gravidade.

Fique de olho

Infelizmente, doenças degenerativas não afetam somente o sistema nervoso. Os olhos, por exemplo, podem ser vitimados por um processo semelhante na região da retina, que funciona como um filme onde são registradas as imagens que todos veem. É o que acontece em casos de degeneração macular: “O problema não causa cegueira total, pois apenas a área central da visão é afetada. Pode levar a uma incapacidade de leitura e visualização de detalhes, como a fisionomia das pessoas”, explica o oftalmologista André Pamplona. Por outro lado, a retinose pigmentar afeta a visão periférica e dificulta enxergar em ambientes escuros.

 

Texto: Redação Alto Astral

Consultoria: André Pamplona, oftalmologista; Vanderci Borges, neurologista

 

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