Dislexia: aprenda a identificar se seu filho tem

Você consegue identificar se seu filho tem dislexia? Fique atenta aos principais sinais e saiba o que fazer para ajudar o pequeno!

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A dislexia ainda é um assunto que causa bastante dúvidas, especialmente para quem tem filhos na idade escolar. Por isso, consultamos o psiquiatra Dr. Mario Louzã para explicar um pouco mais sobre o assunto.

Segundo o especialista, é no início da alfabetização que começamos a notar se a criança possui algum distúrbio de aprendizado, como troca de letras, dificuldade de compreensão das atividades, não seguir o mesmo ritmo que os colegas, entre outros comportamentos que destoam do “normal”. Um destes distúrbios de aprendizado pode ser a dislexia, caracterizada pela dificuldade de leitura e escrita, percebidas na decodificação e interpretação de letras e palavras.

 

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Compreendendo a dislexia

Mario explica que a dislexia atinge cerca de 5-10% da população infantil e que suas causas ainda não são totalmente conhecidas. A dislexia é detectada, em geral, no início da alfabetização, na faixa dos 5 a 7 anos. Se houver dislexia, a partir dos 7 anos, a criança não desenvolve a leitura na mesma velocidade que os outros colegas. A leitura é mais lenta e, ao escrever, costuma trocar letras ou escreve ao contrário, como se fosse a visão de um espelho (‘b’ e ‘d’, ‘p’ e ‘q’). A criança também pode inverter a letra ao escrever (‘s’ em forma de ‘z’, por exemplo). Com os números, não é diferente. Pode haver uma inversão, por exemplo, entre o ‘6’ e o ‘9’.

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Conheça os principais tipos de dislexia

*Dislexia Adquirida: é mais recorrente em adultos e pode ocorrer após algum tipo de traumatismo craniano, derrame cerebral ou doenças neurodegenerativas.

*Dislexia de Desenvolvimento: é a dislexia típica do desenvolvimento da criança, sem uma causa aparente. Contrasta com a dislexia adquirida, que é consequência de alguma doença neurológica.

*Dislexia Fonológica: é a dificuldade de ler palavras desconhecidas.

*Dislexia Superficial: neste tipo de dislexia, as palavras que são lidas da mesma forma que são escritas, como ‘bala’, não geram dificuldade, ao contrário das palavras cuja escrita não coincide com a pronúncia, dificultando a leitura (por exemplo, ‘exercício’ – o ‘x’ é pronunciado como um ‘z’).

*Dislexia Profunda ou Mista: envolve dificuldade tanto no reconhecimento sonoro da palavra quanto na compreensão de seu significado.

 

Menino escrevendo caderno escola

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Aprendendo a diagnosticar

O diagnóstico é feito por uma equipe que envolve psiquiatra, fonoaudiólogo e, eventualmente, um neuropsicólogo. No entanto, quem realiza o tratamento é um fonoaudiólogo. Além do apoio emocional, os pais podem ajudar os filhos no treino de leitura (ler alto ou auxiliar na compreensão do que está sendo lido) ou em qualquer atividade lúdica que envolva o reconhecimento das letras, das palavras, dos seus sons e de seus significados.

 

 

Consultoria Dr. Mario Louzã, médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha

 

 

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