A Organização Mundial da Saúde descreve a depressão como uma doença caracterizada por uma tristeza persistente e uma perda de interesse em atividades que você normalmente desfruta, acompanhada por uma incapacidade de realizar atividades diárias por, pelo menos, duas semanas.
A doença pode se manifestar de diversas maneiras, – muitas delas pouco aparentes ou que não parecem relacionadas ao problema – como fadiga, tristeza, tonturas, palpitações, desânimo, falta ou ganho de apetite, dor de cabeça, alteração intestinais, irritabilidade constante, excesso de sono ou insônia, sentimento de culpa, inutilidade, angústia acentuada e perda de vontade.
Apesar de um dos sintomas da doença ser marcado por essa infelicidade característica, há diferenças importantes, principalmente para a realização do diagnóstico. “Tristeza vem do latim tristia, que significa aflição. É um sentimento trazido pela emoção, natural da nossa existência, por meio da insatisfação de algo ou situação, podendo ser acompanhado de angústia e desespero”, salienta a psicóloga clínica Leila Peric de Melo.
Já a depressão é uma doença mental, complementa Leila, caracterizada por vários sintomas recorrentes e que deve preencher a alguns critérios, como ter pelo menos cinco ou mais manifestações citados anteriormente que persistam por um período de tempo considerável (três ou mais semanas).
No entanto, para que se possa realmente diagnosticar uma pessoa com a doença, a psicóloga clínica ressalta que é imprescindível a análise de um profissional especializado. “Cada pessoa é única. Por isso, os sintomas são analisados individualmente, mesmo seguindo certos critérios, porque cada um tem sinais mais acentuados que o outro”, conclui.
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Texto e entrevista: Thiago Koguchi – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Leila Peric de Melo, psicóloga clínica e hospitalar e especialista em terapia cognitiva-comportamental