Você sabe ouvir? De verdade? Ou, quando está participando de uma conversa, você é daquele tipo que monopoliza os assuntos apenas falando? Pois então, saiba que um verdadeiro diálogo é composto de duas partes: falar e ouvir. Se uma das partes é feita de maneira errada, todo o processo acaba comprometido. E, nos dias atuais, parece que todo mundo quer sempre dar a própria opinião, sem nunca ouvir o que outro tem falar.
As especialistas deixam esse ponto claro: estamos tão preocupados e ansiosos em nos posicionar diante de tudo e de todos que não criamos diálogo, somente falamos. “Não somos educados para ouvir, somos instigados a falar, mesmo que não tenhamos sobre o que falar”, reitera a filósofa clínica Monica Aiub. Dessa forma, o ato de ouvir, algo fundamental dentro de qualquer conversa, torna-se um pequeno sacrifício.
Se temos a necessidade de tomar partido em qualquer discussão, o primeiro ponto é justamente a falsa obrigação de nos contrapor ou concordar em relação ao que a outra pessoa diz. Ouvir não é necessariamente uma questão de submissão, pelo contrário, é um ato de abrir-se para o outro, silenciar os pensamentos para tentar escutar o que o outro diz.
Como não ouvimos, também dificilmente criamos a capacidade de refletir. A psicoterapeuta lembra que, para se ter uma opinião formada sobre algo, é preciso adquirir conhecimento, estudar o assunto, pensar e refletir a respeito do tema. “E, até mesmo enriquecer com as opiniões de outras pessoas sobre o mesmo assunto, discutir (no sentido de trocar ideias e experiências)”, destaca a psicoterapeuta Paula Caputo.
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