Entenda como é realizado o diagnóstico do autismo

Mesmo a ciência não tendo um exame específico para o diagnóstico do autismo, existem processos que ajudam a descobrir o distúrbio

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A complexidade do Transtorno do Espectro Autista (TEA) impossibilita que o quadro seja descoberto logo no nascimento da criança – ou até mesmo durante a gravidez. Na realidade, não se sabe, com certeza, se a falta de exames específicos dificulta o diagnóstico desde então ou se os sintomas levam algum tempo para se manifestarem.

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É por volta dos três anos de idade que os sinais ficam mais claros, porém, não é uma regra. “É possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. Dependendo do grau de comprometimento e da pouca disseminação de informações, ainda existem pacientes sendo diagnosticados tardiamente, quando já poderiam ter sido estimulados”, afirma a psiquiatra Celeste Corral Tacaci Neves Baptista.

Quem faz o diagnóstico?

Geralmente, os primeiros profissionais a desconfiarem do quadro são pediatras e psicólogos, que encaminham a criança para uma avaliação multiprofissional. “O diagnóstico comumente é realizado por um médico psiquiatra ou neurologista, preferencialmente aqueles que têm formação para atendimento na infância e adolescência”, explica Celeste. São esses profissionais os mais indicados a serem procurados em caso de dúvidas por parte dos pais ou cuidadores.

Além do suporte profissional, grupos de apoio também são importantes para orientar os pais e indicar médicos e especialistas para iniciar o tratamento. “Vale ressaltar a importância das associações de pais e pacientes e as instituições que assistem estes pacientes para orientação e apoio”, conta a profissional.

Análise precisa

Embora a ciência tenha avançado muito quando o assunto é autismo, ainda não há índices biológicos ou exames específicos para identificar o transtorno, sendo o diagnóstico clínico. “Ele é realizado através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. As informações de cuidadores e professores também contribuem”, explica a psiquiatra.

Na realidade, no processo de identificação alguns exames podem ser pedidos, porém, em busca de um diagnóstico mais preciso, eliminando as hipóteses de outros problemas de saúde. “Exames tais como cariótipo com pesquisa de X frágil, teste do pezinho, sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, EEG, RNM, erros inatos do metabolismo, audiometria e testes neuropsicológicos costumam ser solicitados para investigar causas e outras doenças associadas”, conta Celeste.

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Texto e entrevista: Natália Negretti/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador

Consultoria: Celeste Corral Tacaci Neves Baptista, psiquiatra e professora do curso de medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste)

 

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