Acredite se quiser: desapegar é uma atitude completamente possível. A dica dos especialistas é começar a se questionar se aquilo que você tem é realmente necessário para uma vida bacana, ou se é supérfluo e serve apenas para gerar ansiedade e o medo de perder, que, como indica o neurologista Martin Portner, estão na raiz do apego excessivo.
Como desapegar?
“A realidade é: tudo na vida é passível de perda. E quanto mais formos apegados às coisas que nos rodeiam, mais frágil torna-se a felicidade”, destaca a especialista em empatia, propósito de vida e inteligência emocional, Semadar Marques. “Estar feliz e bem consigo deve independer daquilo que temos, mas deve estar profundamente ligado a como nos sentimos com nós mesmos”, diz.
O que a especialista frisa é que devemos estar sempre abertos aos questionamentos a respeito de tudo o que tínhamos como crença absoluta na hora de consumir. “O foco é libertar-se da necessidade de atender expectativas externas, da sociedade e do círculo social. Isso dá uma imensa sensação de alívio”, revela.
Passo a passo
Após esses questionamentos, é hora de pôr a mão na massa e de dar um giro na perspectiva com a qual encaramos as situações da nossa vida. “Nossa mente é capaz de se reconfigurar, priorizando as experiências humanas no lugar de bens materiais”, sintetiza Martin, “por exemplo, se você é apegado ao seu novo celular, mas ao mesmo tempo contempla uma viagem à Patagônia, onde imensidões geladas e pouco habitadas lhe darão a sensação de que a vida offline é agradável, essa experiência fará parte do andaime sobre o qual você vai desenvolver o desapego”.
LEIA TAMBÉM
- Por que a gente se apega a todas as coisas? Entenda!
- Cérebro: ele pode estar por trás do apego e do desapego
Consultorias: Giridhari Das, coach, palestrante, autor e instrutor no campo da autoajuda, autorrealização em yoga e consciência de Krishna; Helô Costa, jornalista, especialista em organização e fundadora do Da Porta Pra Dentro (www.daportapradentro.com.br); Julieta Guevara, psiquiatra e diretora da Clínica Neurohealth, em São Paulo (SP); Martin Portner, neurologista, escritor e palestrante; Semadar Marques, educadora, especialista em empatia, propósito de vida e inteligência emocional.