Como acontece a depressão pós-parto? O que fazer? Confira!

Mesmo que o nascimento de um bebê seja motivo de felicidade, é possível que a mãe o rejeite. Para esse problema dá-se o nome de depressão pós-parto.

- Foto shutterstock.com

A alegria extrema da chegada de um novo membro na família, pode se tornar um pesadelo para a mãe. A depressão pós-parto é um problema que afeta uma em cada quatro mulheres no Brasil. Desanimo e irritação antes de dar a luz são os primeiros sinais que a mãe apresenta e a rejeição ao filho após o nascimento é o sintoma mais grave que ela pode ter. Durante muito tempo a depressão pós-parto foi tratada como loucura. Afinal, o que explica uma mãe ficar triste com o nascimento do bebê?

 

Mulher, grávida, imagem do bebe

Uma a cada quatro mulheres são afetadas no brasil pela depressão pós-parto Foto Shutterstock.com

Alterações químicas

O principal fator que pode desencadear a depressão pós-parto é a alteração no quadro hormonal. “Esta mudança é muito abrupta, como por exemplo no aumento da prolactina que, apesar de ser responsável pela produção do leite materno, é um hormônio depressor”, explica a ginecologista Elisabete Dobão. De acordo com ela, outros fatores que podem ser responsáveis pelo problema são: situação traumática durante o parto, história patológica anterior e as alterações radicais na vida conjugal, familiar, profissional e social. “Todos esses fatores podem levar à depressão, mas em graus variados. Se for grave, é necessário acompanhamento psiquiátrico”, afirma a especialista.

Principais sintomas

  • Sensação de cansaço constante e duradoura
  • Falta de alegria
  • Irritabilidade frequente
  • Rejeição ao bebê
  • Sentimento de culpa
  • Mudanças bruscas no humor
  • Indisposição física, emocional e psíquica duradouras
  • Desinteresse por todas as atividades do dia a dia

 

mulher grávida passando por uma consulta

Os sintomas da doenças podem sumir sozinhos Foto shutterstock.com

Como tratar?

Em geral, nos casos mais leves, essas alterações no humor pós-parto desaparecem espontaneamente, após algumas semanas. No entanto, um acompanhamento ginecológico e psiquiátrico é recomendado. Já nos casos em que a depressão é de grau moderado ou grave é importante iniciar o mais rápido possível um tratamento à base de medicamentos antidepressivos e sessões constantes de apoio psicoterápico. A duração do tratamento varia muito de pessoa para pessoa e depende da evolução da paciente.

O apoio é fundamental

A mulher com a doença precisa contar a com a o marido e a família. Eles precisam estar atentos aos sintomas. Detectada a doença, o marido e os familiares não devem jamais negar o fato de que a mãe precisa de auxílio especializado. “Há um preconceito muito grande com relação à depressão, ainda mais num momento como este, em que pode parecer incompreensível que uma mãe fique ‘triste’ com o nascimento do filho. Por isso, é necessário entender que o cérebro é um órgão como outro qualquer, que precisa de tratamento quando está doente”, ressalta a especialista.

Consultoria Elisabete Dobão, ginecologista

 

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