Às vezes, um momento que era para ser só felicidade, acaba se tornando um pesadelo. Esse é o caso da depressão pós-parto (alteração de humor na mamãe após o nascimento do bebê, geralmente entre o terceiro e quinto dia após o parto). Mais comum do que se imagina, essa doença grave atinge uma grande parte das mulheres. Segundo pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), 1/3 das mães que utilizam o sistema público de saúde de São Paulo sofre com essa depressão. Identificar e tratar a doença, além da compreensão por parte da família, são passos importantes para preservar a saúde da mais nova mamãe e do bebê.
Atenção
É normal a mulher se sentir insegura com o novo bebê, afinal, aquele pequeno ser é totalmente dependente, principalmente dela. Por isso, reações de tristeza e estresse são comuns nos dias pós-parto. Porém, se os sintomas duram mais de 14 dias é preciso procurar ajuda médica. Atitudes de rejeição em relação ao bebê são os principais sintomas. “Isolamento; não falar sobre o bebê; choro fácil e sentimento de raiva, isso nos casos mais graves”, esclarece o psicólogo Eduardo Coutinho Lopes.
Apoio da família!
Nesse momento é fundamental que todos que estão envolvidos, como o pai e familiares, não julguem, acreditando ser crueldade da mãe. “Todas as mulheres experimentam a depressão pós-parto, só que os níveis variam de uma para outra”, explica o especialista.
Por quê?
As causas da depressão pós-parto podem ser várias, mas as principais são a queda abrupta de hormônios, história de depressão na própria mãe ou na família e a grande ansiedade que agrava as expectativas quanto à criação do bebê. A doença não tem relação com a forma como é feito o parto, pois ela se desenvolve ao longo do período da gestação.
Prevenção
O pré-natal é essencial por diversos motivos e detectar a depressão é um deles. O médico deve ficar atento a sinais compulsivos e ao histórico da paciente. Caso seja notada alguma variação anormal, é indicado que a gestante seja encaminhada para um tratamento psicológico antes do nascimento.
Como tratar?
Quando o diagnóstico da depressão pós-parto é confirmado, geralmente inicia-se um tratamento à base de antidepressivos, sempre prescrito por um médico. A família deve tomar o controle da situação, cuidando do bebê e sem pressionar a mãe. A mulher deve se sentir segura para melhorar, sem estar sobrecarregada de responsabilidades.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Eduardo Coutinho Lopes, psicólogo da Clínica BeSlim
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