“O conceito de inteligência segue sendo interpretado de inúmeras formas, mas podemos caracterizá-lo como a capacidade cognitiva de um indivíduo de interpretar corretamente e resolver situações-problema de forma variada e criativa”, define o neuropsicólogo Fábio Roesler.
A infância é um ótimo período para estimular a inteligência, mas o conhecimento não está restrito somente aos mais novos. Como o cérebro não para de se desenvolver, é possível que, mesmo depois de adulto, você descubra que tem capacidade de realizar tarefas que antes desconhecia. O especialista em neurociência Alex Born explica que, após um trauma ou choque em sua vida, os mais velhos podem apresentar novas habilidades.
O especialista também pontua a respeito de estudos na área da neurociência, que fazem uma ligação direta entre memória e inteligência. “Essa linha presume que nosso cérebro utiliza a memória e o julgamento para estabelecer padrões de adaptabilidade e aceitação, desfrutando de seus vários circuitos, por meio das lembranças pessoais vivenciadas ou assistidas. E, se você não consegue resgatar uma experiência ou um aprendizado, não saberá como utilizar essa informação. Com isso, deixará de evoluir”, afirma.
A influência do quociente de inteligência
O neuropsicólogo Fábio Roesler explica que a Teoria das Inteligências Múltiplas surgiu porque Gardner considerava os testes de QI inaptos, já que levam em consideração somente o raciocínio lógico. Esse tipo de avaliação ainda é utilizado em algumas situações, mas não pode ser considerado como uma verdade absoluta.
Isso porque com a quantidade de habilidades que os seres humanos têm, não é possível medir a inteligência examinando somente uma delas, como ocorre nos testes de QI. “Nós entendemos o cérebro de forma integrada e harmoniosa, entre competências cognitivas e socioemocionais”, explica a especialista em ginástica cerebral Solange Jacob.
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Texto: Bárbara Gatti/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Entrevistas: Victor Santos – Consultorias: Alex Born, especialista em neurociência e comportamento humano; Fábio Roesler, psicólogo e neuropsicólogo com especialização em neurofeedback; Solange Jacob, diretora pedagógica do SUPERA – Ginástica para o Cérebro