Relação abusiva: até onde vale a pena ir em nome do amor?

Os momentos em que o parceiro pede algo que fere sua vontade caracterizam uma relação abusiva. Vale a pena fazer as vontades do outro por amor? Veja mais!

- Tentar convencer ou forçar o outro a fazer algo que não quer é abuso! | Foto: Shutterstock

Em A Força do Querer, a trama das nove da Globo, Juliana Paes dá vida a Bibi, uma personagem forte que teve uma grande reviravolta em sua trajetória. Ela se envolveu no tráfico para ajudar o amado, Rubinho (Emílio Dantas), mesmo não concordando com suas atitudes. Essa situação pode se repetir na vida real, naqueles momentos em que o parceiro pede por algo que fere sua ética e seus princípios, caracterizando uma relação abusiva. E aí, vale a pena ir contra seus princípios em nome do amor? Para ajudá-la a analisar a situação e tomar a decisão correta, a psicóloga Lizandra Arita fala sobre o assunto.

Fortaleça sua autoestima

“A minha experiência clínica mostra que, normalmente, as pacientes que mais entram em cilada, nos quesitos paixão e amor, são aquelas que têm baixa autoestima e que não têm suas sensações internas resolvidas. Por exemplo, as que sentem muito medo, têm muita carência, sentem medo de perder o companheiro e são inseguras. Nestes casos, elas aceitam entrar em uma relação abusiva, não colocam limites, não se valorizam e fazem de tudo só para outro, anulando-se completamente. Sobretudo se o outro é mais incisivo, mais argumentativo, possui maior atitude de liderança e comunicação, ele pode agir com certa manipulação, no sentido de conseguir que essa mulher faça tudo o que ele quer ou que seja favorável a ele.”

Saiba falar “não!”

“Existem várias formas de falarmos ‘não’, sem entrarmos em brigas. Cada um tem uma crença e um valor diferente e tudo bem. Podemos conviver bem com as diferenças, desde que sejam diferenças que não agridam muito aquilo que nós acreditamos. O diálogo continua sendo a melhor alternativa. Falar claramente sobre os pontos que para você são errados, sem levantar o tom de voz, usando uma comunicação não violenta, é sempre a melhor saída.”

Termômetro contra a relação abusiva

“A primeira dica é refletir sobre qualquer pedido que o parceiro faça. Aquilo é normal? Tem a ver com você? Vai te fazer bem? Você estará feliz fazendo aquilo? Você sentirá prazer em fazer aquilo? Tem a ver com suas crenças e valores? Essas perguntas são importantes de serem feitas porque, tudo o que a gente faz sem querer fazer, sentindo-se obrigada, já é abusivo. Fazer algo imposto ou pedido, contra a sua vontade, é um abuso. Se o que ele pede vai contra aquilo que você acredita, é um abuso. Sempre que o outro avança os nossos limites é um abuso.”

Emílio Dantas e Juliana Paes durante cena da novela A força do querer

Bibi (Juliana Paes) faz qualquer coisa por amor a Rubinho (Emílio Dantas) | Foto: Globo/ João Miguel Júnior

Vale a pena ponderar?

“Eu acho que a mulher deve pensar nos prós e contras daquilo, se o fato vai deixá-la desconfortável, se aquilo vai ferir suas convicções e verdades, se vai agredir sua moral. Ou, então, se aquele pedido terá consequências muito graves, que ela não dará conta de lidar depois. É necessário pensar sobre o contexto, sobre o impacto da situação. De repente, o que antes era impossível, olhando por um outro ângulo pode ser até interessante. Refletir sobre as situações é sempre muito bom, afinal, quando pensamos com calma, podemos até a mudar o nosso olhar para alguma situação.”

 

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