Quase sempre visto pelos pais como algo ruim, o medo também serve como proteção para os pequenos, são normais em diversas fases da vida e ajudam na construção da personalidade. Eles podem ser explícitos ou velados. Medos explícitos são aqueles expressos na realidade, ou seja, medo do escuro, de ficar na escola, de dormir sozinho. Já os medos velados são aqueles expressos de forma indireta, ou seja, quando aparecem sem uma significação clara, tais como os temores noturnos, hiperatividade e agressividade.
Compreenda seu filho
Os pais precisam dar um peso adequado aos medos. Não menosprezá- los nem supervaloriza-los. É importante compreender a criança, mostrando que o que sente é comum e que isso passa. Muitas vezes, o medo da criança aumenta por causa do medo dos pais sobre aquele tipo de temor. Por exemplo: medo de trovões e relâmpagos, de insetos, de andar de avião. Muitos adultos carregam esses medos e seus filhos terão grande chance de assimilá-los. Ter medos é saudável. É com esse sentimento que aprendemos a nos preservar. E é dando às crianças a noção de perigo que lhes fornecemos ferramentas para se protegerem.
Como agir
Se o seu filho tem medo do escuro, tenha paciência ao acalmá-lo. Se o medo é de ficar na escola, dê-lhe a certeza de que ele é capaz de suportar a separação. Se ele tem temores noturnos, e acaba vindo para sua cama, leve-o de volta ao seu quarto, e se ofereça para ficar ao seu lado até adormecer. Se o medo se expressa pela inquietude, dê-lhe mais atenção e tente descobrir o que está deixando-o inseguro. Muitas vezes, a criança precisa somente de mais atenção. Cabe aos pais tentar dar aos filhos a informação de que os medos deles fazem parte do crescimento. Incentivá-los a passar por eles é também dar noções de limites, normas e regras.
Consultoria: Graça Alencar, psicóloga.
Matéria publicada na revista Guia do Bebê Fisher Price, da Editora Alto Astral.
Revisão: Mariana Kohlrausch
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