“O colesterol alto nas crianças pode causar os mesmos problemas que nos adultos”, alerta a cardiologista Isa Bragança. As consequências não são imediatas, já que a formação dos depósitos de gordura é cumulativa. O mais importante é diagnosticar o problema logo e incentivar hábitos mais saudáveis, reduzindo as chances de problemas cardiovasculares na vida adulta. Esclareça suas dúvidas sobre o tema.
Papel dos pais
Os responsáveis devem dar o exemplo e procurar fazer atividades físicas junto com os pequenos, além de manter uma dieta saudável. Leve o seu filho para fazer os primeiros exames, em geral, a partir dos 10 anos. Crianças acima de 2 anos com histórico familiar de doenças cardiovasculares devem acompanhar as taxas de colesterol anualmente.
Vai brincar, menino!
Incentive a criança a praticar atividades com esforço físico pelo menos por 30 minutos por dia. “Isso é essencial para evitar os níveis altos de colesterol”, alerta Isa Bragança. Menos estresse, perda de peso e sistema cardiovascular protegido são outros bônus.
Remédios
São indicados pelos pediatras brasileiros a partir dos 10 anos, somente para casos mais graves. Os demais são tratados com uma dieta equilibrada e exercícios físicos.
Coisa de família
A herança genética é um dos fatores que pode gerar aumento nos níveis de colesterol. Doenças hereditárias, como a hipercolesteromia familiar, elevam as taxas da substância independentemente do estilo de vida.
Só come besteira!
Entre as crianças muito acima do peso atendidas pelo Ambulatório de Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, apenas 9% apresentam colesterol alto. Mesmo magro, o pequeno que mantém uma dieta rica em açúcar, gordura e carboidratos simples pode ter índices alterados, dependendo também do metabolismo.
Isso pode
“Uma das formas de evitar o colesterol alto é a criança ter uma boa alimentação: diminuir frituras, gorduras, enlatados, itens com muitos condimentos, biscoitos e carnes gordurosas”, reforça a cardiologista. Os pais devem propor trocas saudáveis e procurar preparar as refeições em casa.
Obesidade
O excesso de peso pode não ser sempre sinônimo de colesterol alto, mas aumenta as chances de desenvolver o problema. A obesidade infantil já atinge 15% das crianças brasileiras, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e é um fator de risco para a hiperlipidemia (aumento do colesterol e/ou de triglicerídeos).
Sedentarismo
É uma das chaves para explicar o aumento dos casos de colesterol alto infantil. As crianças que ficam pelo menos 4 horas por dia em frente à televisão, computador ou videogame correm um risco maior de sobrepeso e de alterações nos níveis de colesterol.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Isa Bragança, cardiologista
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