Crianças e adolescentes também podem ter depressão

Ao contrário do que muitos pensam, a depressão pode ser desencadeada na infância e na adolescência. Insatisfação corporal e social são as principais causas

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A depressão pode ser iniciada por diferentes circunstâncias, como a perda de um ente querido, problemas financeiros e, até mesmo, dificuldades no meio social. No caso das crianças e dos adolescentes, o problema não se difere; eles também têm sensibilidade o suficiente para sofrer com essas situações, o que demanda total apoio e compreensão dos pais.

Crianças e adolescentes também podem ter depressão

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“Cada fase da vida desperta variedades de conflitos emocionais e também de cargas neuroquímicas que influenciam no início e na manutenção da doença. Na realidade, cada caso contém a sua especificidade, que pode gerar a depressão. Adolescentes e crianças, muitas vezes, desenvolvem esse quadro devido a problemas de insatisfação corporal ou social”, explica a psicóloga Marina Delduca Cilino.

No início da vida

Embora a infância seja uma fase marcada por poucas responsabilidades, o distúrbio não escolhe idade, gênero e nem quando aparecer. Por isso, é papel da família prestar atenção aos sinais da depressão para que as crianças não sejam alvo do problema.

“Os pais devem sempre prestar atenção ao comportamento de seus filhos, principalmente porque a criança tem grande dificuldade para expressar que está deprimida. Ela não sabe identificar as suas emoções e é o adulto que dá significado às queixas que vão ser nomeadas, como raiva, compulsão, tristeza, ansiedade ou angústia”, afirma a psicóloga especialista em psicologia infantil Beatriz Acampora.

Ainda de acordo com a profissional, as principais causas da depressão em crianças são:

  • Luto, perda emocional de alguém querido ou do animal de estimação;
  • Divórcio dos pais;
  • Dificuldade de adaptação a situações novas, como mudança de escola ou domicílio;
  • Estímulo de competitividade e perfeccionismo exacerbados;
  • Cobrança social por um comportamento sempre correto;
  • Bullying;
  • Agressões físicas ou sexuais;
  • Afeto condicionado, isso é, pais e cuidadores que condicionam o dar e receber afeto em função do comportamento considerado adequado do jovem;
  • Ambientes muito restritivos em termos de condições que atendam às necessidades básicas da criança, como fome, sede e sono.

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Consultorias: Beatriz Acampora, psicóloga especialista em psicologia infantil; Letícia Guedes, psicóloga especialista em terapia comportamental; Marina Delduca Cilino e Miriam Barros, psicólogas.

Texto e entrevistas: Paula Santana – Edição: Augusto Biason/Colaborador

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