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Fazer xixi na cama pode influenciar negativamente a saúde emocional infantil, afetando a autoestima e a qualidade de vida das crianças e dos familiares.
- A autoestima das crianças pode ser afetada pela enurese. FOTO: iStock.com/GettyImages

Como ajudar a criança a parar de fazer xixi na cama?

Fazer xixi na cama pode influenciar negativamente a saúde emocional infantil, afetando a autoestima e a qualidade de vida das crianças e dos familiares.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a enurese, transtorno que causa a perda involuntária da urina durante o sono, atinge até 15% das crianças com mais de 5 anos de idade e causa restrições por vezes não identificadas pelos pais. Além de um rápido diagnóstico para início imediato do tratamento, o acompanhamento psicológico é muito importante, pois, para o pequeno, fazer xixi na cama pode ser encarado como algo vergonhoso, afetando diretamente sua autoestima e qualidade de vida. O apoio da família é fundamental para que, juntos, enfrentem o problema.

 

Entendendo o ato de fazer xixi na cama

xixi na cama

A criança não possui controle algum sobre ao fazer xixi na cama. As causas podem ser as mais diversas, como disfunções na bexiga ou, até mesmo, traumas psicológicos. FOTO: iStock.com/Getty Images

Na maioria das vezes, a enurese acontece por causa de fatores relacionados à genética, à quantidade de urina produzida pela criança durante à noite, à função da bexiga e ao sono, ocorrendo, portanto, de forma involuntária, sem qualquer culpa por parte da criança. A ocorrência da enurese pode levar o pequeno a apresentar problemas comportamentais e psicológicos. Entretanto, há a possibilidade da condição ter uma causa psicológica, o que ocorre em uma minoria dos casos e, normalmente, está relacionada a algum trauma (estresse) sofrido pela criança. No entanto, em ambos os casos, ela não consegue controlar a micção durante o sono e os episódios ocorrem sem que ela queira.

Diagnóstico

Além de considerar os antecedentes pessoais e familiares, o diagnóstico pode ser feito observando a evolução da criança quanto ao desenvolvimento psicomotor e à capacidade de enchimento e esvaziamento da bexiga. Adicionalmente, pode ser necessário submeter a criança a exames clínicos como: genital, neurológico, de urina e de sangue. O acompanhamento psicólogo é de grande ajuda no tratamento, pois somente um profissional pode fornecer informações sobre treinamento e controle esfincterianos (abertura e fechamento do canal urinário), além de auxiliar na recuperação da autoestima das crianças e orientar os pais sobre como lidar com o transtorno.

 

Participação da família no tratamento

xixi na cama

O apoio familiar é de extrema importância para auxiliar a criança a superar os desconfortos. FOTO: iStock.com/Getty Images

“As crianças que fazem xixi na cama queixam-se de não poderem dormir na casa de amigos e familiares e, assim, ficarem de fora da famosa ‘noite do pijama’, atividade comum com os colegas”, afirma a professora da Faculdade de Medicina da UFJF, Cacilda Andrade de Sá. A especialista ainda acrescenta que o transtorno impacta diretamente a vida escolar e o convívio social, além da afetar a autoestima e a qualidade de vida dos pequenos, sendo uma das maiores consequências a punição sofrida por causa da perda urinária. A criança é culpada por aquilo que, para ela, já é um castigo: “acordar molhada”.

O apoio da família é fundamental para o sucesso no tratamento. “Quem sofre de enurese precisa ser atendido por profissional especializado. O xixi na cama é uma realidade, mas ainda continua sendo tratado como se fosse um grande segredo de família”, comenta Cacilda. De acordo com ela, os pais, ao precisarem lidar com o xixi na cama, podem se deparar com sentimentos de ansiedade, culpa, perda de confiança nas competências parentais e dificuldades na relação com os filhos. “Muitas vezes, a punição é utilizada como forma de educar a criança, diante da impossibilidade de se resolver o problema. Por isso, a inclusão de toda a família no tratamento da criança é fundamental, para eliminar a punição”, finaliza.

 

 

Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Cacilda Andrade de Sá, professora da Faculdade de Medicina da UFJF e coordenadora do serviço de Psicologia do Ambulatório de Enurese do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF)

 

 

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