Quem nunca se arrependeu depois de exagerar naquela festa com comida à vontade? Ou, então, controlou a alimentação para seguir corretamente a dieta que aderiu há pouco tempo, sempre em busca do corpo perfeito? Essa vida de (in)decisões e (in)certezas pode ser considerada, até certo ponto, normal para quase todas as pessoas.
Contudo, um sinal de alerta deve ser ligado quando essa necessidade é levada muito a sério, principalmente, quando alimentação incorreta, vômito após comer ou ingestão de alimentos exagerada tornam-se atitudes cada vez mais comuns. Esses podem ser indícios de algum transtorno alimentar, trazendo prejuízos tanto para o físico quanto o psicológico.
Além da bulimia e anorexia
A obsessão pelo corpo perfeito pode gerar um final muito diferente da alegria e satisfação com o objetivo idealizado anteriormente, ocasionando em quadros mais preocupantes. “Essas práticas podem causar sérios transtornos alimentares, classificados na psiquiatria por alterações drásticas no comportamento alimentar da pessoa”, explica a psicóloga clínica Luciana Kotaka.
Isso pode dar origem a diversas atitudes antes inexistentes na rotina de quem sofre com algum transtorno. “Casos assim caracterizam-se pela utilização de dietas restritivas, produtos e medicamentos para emagrecimento sem orientação especializada, exagero na alimentação, entre outras posturas em busca da satisfação e da mudança do que se vê no espelho”, descreve Luciana.
Nesse campo, existem diversos transtornos. Dentre os principais e mais conhecidos estão a anorexia, a bulimia e o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). Além disso, há alguns que podem estar relacionados com a ingestão de alimentos e são pouco conhecidos pela população.
“Existe a dismorfobia, que é a insatisfação com a imagem corporal, o modo como se percebe o próprio corpo ou parte dele; a vigorexia, em que há a obsessão pelo corpo musculoso, vício pelo ‘vigor’ físico, é considerada um transtorno dismórfico com dependência da atividade física. Já a ortorexia é caracterizada pela compulsão pelo consumo de alimentos saudáveis, quando as pessoas examinam ostensivamente os rótulos das embalagens para verificar suas informações nutricionais”, esclarece a psicóloga Fernanda Navarro.
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Texto: Redação Alto Astral | Edição: Érika Alfaro/Colaboradora | Consultorias: Luciana Kotaka, psicóloga clínica; Fernanda Navarro, psicóloga