Aumento do consumo de antidepressivos pode significar um problema?

A depressão trata-se de uma doença que já atinge grande parte da população mundial. Esse fato faz com que o consumo de antidepressivos mude drasticamente

- O consumo de antidepressivos busca normalizar as funções cerebrais. FOTO: Shutterstock

O Consumo de antidepressivos sobe 74% nos últimos seis anos, pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela seguradora SulAmérica. Segundo o estudo, o hábito de consumir o remédio contra depressão tem mudado: em 2010, o número de vendas do medicamento era de 35.453 unidades. Já em 2016, esse número saltou para 61.859. Eles analisaram a rotina de compras de seus segurados em farmácias e constataram que os antidepressivos ocupam a 2ª colocação nas vendas de tratamentos para desordens do sistema nervoso. Os maiores compradores encontram-se na faixa etária de 50 a 59 anos e dentre eles, as mulheres, que compram cerca de 38 mil unidades do remédio por ano.

As vendas de ansiolíticos (remédios usados para diminuir ansiedade e tensão) também subiram, de 17.197, em 2010, para 36.179, no ano de 2016. Porém, o número “1” do comércio é o analgésico, que representa 10% do total de todas as vendas. A pesquisa também trouxe um recorte do período de julho de 2015 ao mesmo mês de 2016, mostrando o número de unidades dos principais medicamentos vendidos entre os seus segurados: Analgésicos – 90.071; Antidepressivos – 61.859 e Ansiolíticos – 36.179.

Evite a automedicação, sempre procure a orientação de um profissional.

Evite a automedicação, sempre procure a orientação de um profissional. FOTO: iStock.com/Getty Images

Tristeza sem explicação

Dentro do cérebro existem células específicas, conhecidas como neurônios. Algumas substâncias químicas, os neurotransmissores, realizam a comunicação entre essas células. Quando um paciente apresenta depressão, significa que a quantia de neurotransmissores existentes em seu organismo está abaixo do normal.  O consumo de antidepressivos vem para estabilizar novamente a produção dessas substâncias. “Os quadros depressivos aumentam a cada ano, afetando cada vez mais pessoas em todo o mundo. Buscar acompanhamento médico e psicológico é essencial para chegar ao diagnóstico e a um tratamento adequado. Atualmente, há diversas terapias medicamentosas que podem auxiliar o paciente nesse processo, além da adoção de um estilo de vida saudável e a prática de exercícios físicos”, explica a médica e diretora de Relacionamento com Prestadores de Saúde e Odonto da SulAmérica, Tereza Veloso.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, caracteriza a depressão como um transtorno que traz tristeza persistente e sem motivo aparente, também estima-se que 350 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas pela doença. Dentre os principais sintomas estão:

*Tristeza

*Perda de interesse em atividades que antes apreciavam

*Não conseguir mais realizar tarefas rotineiras

*Apatia

*Alteração de sono

*Aumento ou redução bruscas de apetite

*Sentimento de ansiedade

*Angústia constante

*Culpa inexplicável

 

Texto: Michele Custódio/Colaboradora | Consultoria: Tereza Veloso, médica

 

LEIA TAMBÉM:

Notícias

Após dois anos de espera, os desfiles de Carnaval finalmente voltam à Avenida; saiba tudo sobre blocos, desfiles e escolas de samba em 2022

Entretenimento

Com seus conteúdos sobre cinema, esses críticos e influenciadores vão te trazer muitas informações e diversão, viu?

Saúde

Especialista lista uma série de atitudes que você pode tomar para diminuir o colesterol; confira (COM VÍDEO)

Saúde

Já ouviu falar que "corpo de verão se constrói no inverno"? Especialista explica porque o projeto de emagrecimento deve começar com antecedência