Ter que conversar com um desconhecido dentro do elevador deixa você desorientado(a)? E quando você precisa apresentar um trabalho, mas parece um terremoto em pé por tremer tanto e se perde no que queria falar?
Já passou por situações assim? Se a sua resposta for afirmativa, é bem possível que a sua timidez tenha falado mais alto, mas isso não é tão ruim quanto parece! Na maioria das vezes, esse jeitão dos tímidos pode ajudar, fazendo com que nos preocupemos, por exemplo, com o que os outros vão pensar e gerando mais respeito entre as pessoas.
“A timidez se transforma em problema quando a pessoa deixa de ir a uma entrevista de emprego ou de investir amorosamente, não comparece a um compromisso, começa a se prejudicar social e emocionalmente, podendo variar de intensidade e chegar até a crises de pânico e à fobia social”, explica a psicóloga e especialista em intervenção familiar Cristiane Lorga.
Tímidos sob controle
De acordo com Lorga, o indivíduo “preza muito pela autoimagem, depende muito da opinião dos outros, fica mais retraído e expõe-se menos”. Por um lado, isso pode ser bom, pois os tímidos insistem mais em desafios e se tornam bons ouvintes e observadores. Essas pessoas também sentem menos necessidade de experimentar novas situações, assim se concentram melhor e dedicam-se mais na resolução de um problema.
Ainda segundo a psicóloga, “em algum momento da vida alguém se sentiu tímido, ou intimidado, temeu ser motivo de chacota, de se expor ou preocupou-se com a opinião alheia. É uma mistura de narcisismo, pessimismo e insegurança que pode ser prejudicial ou favorável, dependendo da ocasião e da intensidade”.
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Texto e entrevistas: Érica Aguiar – Edição: Victor Santos
Consultorias: Andreia Rego, psicanalista e coach de desenvolvimento humano; Cristiane Alves Lorga, psicóloga e especialista em intervenção familiar do Instituto Terapia Sistêmica (ITS) de São José do Rio Preto (SP); Custódio Michailowsky, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho em São Paulo (SP).