Além de oferecer um ombro amigo ou notar que há alguém que realmente se importa com você, a empatia, ou capacidade de se colocar no lugar do outro, pode gerar inúmeros benefícios. “Às vezes, a gente pensa que é mais gostoso estar na posição daquele que está sendo compreendido, acolhido. De fato, a empatia que a pessoa recebeu foi um presente. Com isso, suas forças são ativadas, e ela sente que pode falar e ser ouvida por alguém que não a julga. Isso alimenta a autoestima e a autoconfiança”, relata a psicóloga Dina Azrak.
Pontos positivos da empatia
Só que os pontos positivos não se resumem a quem recebe a empatia. O indivíduo que concede esse amparo também sai ganhando ao ocupar essa função social, já que estimula as questões neurológicas e psicológicas que envolvem o prazer. “É como se fosse uma pessoa milionária e pudesse distribuir parte da sua riqueza. Ela se sente realizada por conseguir fazer com que o outro se sinta melhor”, completa Dina.
O psicólogo Breno Rosostolato reitera essa questão e afirma que isso aumenta a percepção sobre o outro e “amplia o repertório da pessoa de compreensão e favorece os relacionamentos – tornando-os mais consistentes e duradouros”.
Aprendendo a entender
“Ter empatia ajuda a escutar o outro, uma característica cada vez mais escassa diante de uma sociedade individualista e egoísta. Ser empático é praticar a proximidade com as diferenças, a aceitação e a tolerância, comportamentos imprescindíveis nas relações interpessoais”, frisa Breno. Mesmo com a relevância dessa questão, não se torna empático da noite para o dia ou em m estalar de dedos; é um processo natural que requer paciência e persistência.
Antes de qualquer outra atitude, é fundamental ter a consciência de que o outro não precisa de alguém que insista pela conversa o tempo todo. “Existe uma coisa chamada timing. Um diálogo, não precisa, obrigatoriamente, ser um jogo de pingue-pongue. Para iniciá-lo, é muito melhor se posicionar em uma situação de escuta”, indica Dina. Além disso, algumas dicas também podem ser muito úteis nesse momento.
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Texto: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Victor Santos
Consultorias: Andrea Gorenstein, psicóloga clínica; Breno Rosostolato, psicólogo; Dina Azrak, psicóloga do Instituto Como Falar, em São Paulo (SP).