Passados mais de quatrocentos anos após a morte de Sidarta Gautama, os preceitos básicos do Budismo foram registrados. Escrito no Sri Lanka, na língua páli (bem próxima ao idioma falado pelo Buda em vida), o Cânone em Páli ou Tipitaka reúne aquilo que consiste na base da vertente Theravada. Trata-se de um conjunto literário bem longo, e é dividido em três partes ou “cestos” (“Ti” significa “três” e “pitaka”, “cestos”, na língua páli).
Os livros sagrados do Budismo
Vinaya pitaka
É o conjunto de regras que devem ser seguidas pelos bhikkhus (monges) e bhikkhunis (monjas) em sua vida monástica nas Sanghas (comunidades). Mas vai muito além de um conjunto de regras: aqui, conta-se as histórias que deram origem a cada uma dessas normas, e esclarece como Buda conseguiu manter a harmonia numa comunidade tão ampla e complexa.
Sutta pitaka
Trata-se do agrupamento de discursos de Buda e de seus discípulos mais próximos durante os quarenta e cinco anos em que Sidarta se dedicou a difundir seus ensinamentos.
Abhidhamma pitaka
Nessa parte, o conjunto de textos apresentado no “cesto” anterior é destrinchado de uma nova forma. Os princípios são reorganizados de modo praticamente científico. Bastante denso e filosófico, apresenta uma análise de conceitos que auxiliam a compreender melhor a natureza da mente e da matéria.
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