Você não mediu os gastos ou, então, encontrou um imprevisto no meio do caminho, acabou caindo em um poço de dívidas e não consegue sair? Fique tranquila, pois para tudo há uma saída!
Importante sair dos juros
Os juros de créditos oferecidos por bancos são muito altos. Segundo a consultora financeira Viviane Ferreira, a taxa de cheque especial gira em torno de 14% ao mês. “As pessoas acabam entrando nesses juros por não acompanharem o orçamento e esquecem que possuem compras e gastos comprometendo a renda”, destaca. Cair nos juros pode ser muito prejudicial ao bolso, já que, atualmente, nenhuma aplicação financeira rende tanto quanto os juros.
O perigo da compulsão
Quantas vezes você, logo após adquirir determinado produto, se questionou “por que comprei isto”? “O consumismo provoca a compra de coisas sem planejamento, necessidade e capacidade de aquisição”, afirma a profissional. “70% das coisas que estão à venda ninguém precisa comprar”, completa a especialista, “então reflita bem antes de assumir dívidas”.
Além disso, os gastos são influenciados pelo emocional dos consumidores. Por exemplo, um grande banco internacional, após criar um cartão exclusivo aos Millennials (nascidos após 1980) com o objetivo de promover uma conexão sentimental, conseguiu aumentar o uso do crédito por esses usuários em mais de 70%. Para Viviane, “a relação com o dinheiro é emocional, e quando temos problemas relacionados aos sentimentos, acabamos tendo um grande risco de nos descontrolarmos financeiramente”.
Partindo do zero
Zerou as dívidas? Veja então o que fazer para não contrair mais despesas e voltar a ficar negativado:
1• Planeje: “faça uma lista das coisas que pretende comprar, o preço de cada uma e quanto você precisa juntar por mês para comprar aquele produto. Depois que reunir o dinheiro, negocie um desconto na compra à vista”, aconselha a consultora financeira Viviane Ferreira.
2• “Reserva de sossego”: manter uma reserva líquida de seis vezes o custo de vida mensal “garante que em um imprevisto você consiga arcar com eventuais despesas não programadas”, afirma a profissional.
3• Cautela: “é fundamental ter calma, paciência, planejamento e esperar. O indivíduo ganha com isso pois deixa de pagar juros. Quando se pagam juros, perde-se o poder de compra”, aponta o consultor financeiro Fábio Henrique.
4• E lembre-se: “ter uma vida equilibrada e dormir bem à noite é mais importante do que qualquer compra desnecessária”, garante Viviane.
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Texto e entrevistas: Augusto Biason/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Fábio Henrique, consultor financeiro; Viviane Ferreira, consultora financeira