Na rotina em que vivemos atualmente, cheia de tarefas e compromissos, às vezes, fica meio complicado manter a concentração em algumas coisas, não é mesmo? Seja naquela conversa com os amigos ou na leitura de um livro, por mais que você se esforce, quase sempre aquele som vindo da televisão ou as vozes de outras pessoas parecem mais interessantes do que se está fazendo. A partir disso, outras coisas vão chamando sua atenção e você não consegue voltar ao foco principal. Se você chegou até aqui, faça aquela força e prossiga na leitura, ok?
Concentração e mente
Por trás de manter-se atento com algum objetivo, há vários processos mentais envolvidos quando falamos em concentração. “A ativação de áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal, os núcleos da base, o cerebelo, o córtex parietal e os circuitos associados têm papel fundamental nesse processo”, explica Erasmo Casella, doutor em neurologia.
Como o cérebro ajuda na concentração?
Diversas pesquisas no campo da neurologia apontam que, quando exigido, o cérebro ativa uma série de regiões, visando um melhor desempenho de concentração em qualquer tipo de atividade que você estiver executando no momento.
Além disso, certos neurotransmissores contribuem para o desenvolvimento dessa capacidade. “Não podemos esquecer de substâncias como a dopamina e a noradrenalina (ligadas ao foco), o GABA (importante para evitar a ansiedade) e o glutamato (relacionado com os processos de memória e aprendizagem), que também fazem parte desse avanço”, aponta o médico psiquiatra Edson Hirata.
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Texto: Vitor Manfio/Colaborador
Edição: Victor Santos
Consultorias: Edson Shiguemi Hirata, médico psiquiatra do Hospital Santa Cruz de São Paulo (SP); Erasmo Casella, doutor em neurologia pela Universidade de São Paulo (USP) e médico no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).