Um desespero súbito e de repente parece que tudo saiu do controle. É mais ou menos essa a sensação de quem passa por uma crise de ansiedade. Os pensamentos confusos e os sintomas físicos só pioram o estado, colaborando para a impressão de que algo muito ruim está para acontecer. Não à toa a pessoa que passa por uma crise de ansiedade precisa de ajuda. “Em cada caso vamos ter uma orientação de acordo com o quadro clínico do paciente. Por isso, é fundamental procurar um especialista para poder tomar a conduta mais apropriada o quanto antes”, afirma o psiquiatra Ervin Cotrik.
Como perceber
De acordo com Cotrik, a crise de ansiedade apresenta dois principais componentes: a percepção de sensações fisiológicas e a percepção de estado nervoso ou assustado. “Geralmente, sintomas como tremor, sudorese e respiração rápida são mais perceptíveis às pessoas ao redor”, destaca o psiquiatra. Por isso, desconfie quando a pessoa apresentar um comportamento alterado, como:
- Respiração acelerada;
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Boca seca;
- Palpitações;
- Irritabilidade;
- Nervosismo.
Ajuda
A primeira coisa a fazer é deixar claro ao indivíduo que você irá ajudar e que nada de grave irá acontecer. Quando o paciente já está em tratamento é provável que o médico ou psicólogo que o acompanha tenha passado algumas orientações para o momento da crise. No entanto, se o transtorno ainda não foi diagnosticado, o indicado é buscar auxílio profissional.
“Caso esteja acontecendo pela primeira vez ou o indivíduo não buscou ajuda médica para fazer o diagnóstico correto, o ideal é ir a uma emergência para descartar outras doenças com sintomas semelhantes”, indica o especialista. No ambulatório, busque explicar o maior número possível de sintomas, sempre com detalhes como hora e situação em que ocorreram. Essas informações serão muito úteis para o diagnóstico e tratamento médico.
Respiração
Exercícios de respiração, como expirar e inspirar lentamente, meditação e focar em algum ponto do corpo são táticas importantes para passar pela crise mais rapidamente e sem grandes transtornos. O ideal é induzir a pessoa a fazer os exercícios, de preferência, fazendo juntamente com ela.
Você tranquila
Se no momento da crise você estiver sozinho, tente não se desesperar. Caso, realmente, não seja possível buscar ajuda, procure fazer exercícios de respiração ou alguma outra orientação passada pelo seu médico até que a crise passe. É importante ter em mente que a crise é passageira.
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Consultoria: Ervin Cotrik, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Texto: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador