Combater a obesidade é um assunto que vai bem além da estética. Favorece a autoestima do indivíduo, sim, porém é uma questão muito mais de saúde: a obesidade é fator de risco para doenças cardíacas, hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, problemas ortopédicos e pode, inclusive, elevar o risco de câncer, entre outras doenças. No Brasil, mais da metade da população está acima do peso e, dentre esses, 17,4% são obesos, segundo dados do Ministério da Saúde.
Sempre perigosa
Um estudo do Instituto de Pesquisa Tanenbaum-Luenfeld, no Canadá, afirma que não existe obesidade saudável, mesmo que os exames apresentem bons resultados, como glicemia dentro do limite e pressão arterial normal. Segundo a pesquisa, que se baseou em dados de 61 mil voluntários, pessoas com obesidade ou sobrepeso apresentam um risco 24% maior de infarto, acidente vascular cerebral ou morte – ou seja, o excesso de peso, sozinho, já é um fator de risco grave.
Calculando
A obesidade pode ser diagnosticada por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), onde divide-se o peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado. Outros exames podem ser pedidos pelo médico, como percentual de gordura e medição da circunferência abdominal.
Por que emagrecer?
São diversos os benefícios de ter o peso ideal, como mais disposição para as atividades diárias, melhor autoestima e, principalmente, mais saúde. “Não há dúvida de que o emagrecimento gera ganho de saúde, pois ocorrem modificações no metabolismo que reduzem o risco de doenças, como redução do colesterol e de triglicérides e queda da pressão arterial”, diz o endocrinologista Rafael Pergher. É importante ressaltar que a prevenção e o combate à obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada.
Ajuda profissional
Perder peso é uma tarefa que demanda vontade e disciplina e, muitas vezes, o paciente precisa de ajuda para começar. O primeiro passo é procurar um médico e avaliar o estado clínico para decidirem, juntos, os melhores procedimentos para sair da obesidade.
Endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos e até psicólogos podem contribuir com cardápios individualizados, programa de exercícios, avaliação clínica e no processo de mudança da mente sobre os hábitos. O ideal é ficar longe de dietas radicais, que podem provocar problemas em vez de ajudar; ou praticar exercícios sem acompanhamento, pois o obeso apresenta mais dificuldades para algumas atividades, que podem ser perigosas.
Consultoria: Rafael Pergher, endocrinologista
Texto: Larissa Tomazini
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