Formados por moléculas de carbono, hidrogênio e oxigênio, os carboidratos são os responsáveis por fornecer energia ao corpo. Armazenados no fígado, nos músculos (glicogênio) e no sangue (glicose), eles ainda desempenham outras funções no organismo. No entanto, o excesso do nutriente na dieta pode trazer alguns malefícios à saúde, como o aumento do peso e o descontrole da glicemia, no caso dos diabéticos.
Carboidratos no corpo
Os carboidratos, quando convertidos em glicose (açúcar) no organismo, regulam o metabolismo proteico, ou seja, uma quantidade adequada do nutriente no corpo impede que as proteínas se tornem a segunda opção para produzir energia, mantendo-as nas sua principal função, que é a de construir os tecidos.
Os carboidratos ainda são fundamentais para o funcionamento do sistema nervoso central, isso porque a glicose é o principal combustível para o cérebro, sendo responsável pela integridade funcional dos tecidos nervosos. Sem uma fonte constante de energia, as células deixam de funcionar e morrem.
Onde encontrá-los?
São ricos em carboidratos alimentos como pães, massas, batatas e arroz. O indicado é consumi-los em todas as refeições. Desta forma, em uma alimentação equilibrada, eles devem estar presentes entre seis e 11 porções ao dia. A maioria dos alimentos contém carboidratos, alguns em grandes quantidades, outros nem tanto. O que muitos não sabem é que eles também são encontrados em frutas, leguminosas, verduras e legumes.
Você sabia?
Os carboidratos são fundamentais para a saúde do organismo, no entanto, é possível selecionar a melhor fonte do nutriente. Um fator primordial para a escolha do tipo de carboidrato é avaliar o seu índice glicêmico, que nada mais é do que a velocidade com que a glicose é liberada no sangue.
Quanto mais rápido os carboidratos entram na corrente sanguínea, mais insulina será liberada pelo pâncreas para equilibrar o nível de açúcar no organismo. Alimentos com baixo índice glicêmico (como batata-doce, pães e biscoitos integrais) são aqueles que liberam a glicose no sangue de forma lenta, evitando o excesso de insulina. Além disso, são a melhor opção para os diabéticos, já que ajudam a controlar a glicemia, fator essencial para quem sofre da doença.
Já os alimentos com alto índice glicêmico (como pães e bolos feitos com farinha branca) exercem papel contrário, fazendo com que a insulina seja liberada em grandes quantidades, fator que pode prejudicar a saúde. Isso porque o excesso do hormônio pode aumentar a gordura visceral, aquela que se acumula na região do abdômen, sendo uma das responsáveis pelo aumento da pressão arterial, entre outros diversos problemas de saúde.
Trocas benéficas
Quem busca por emagrecimento e quer ganhar mais saúde deve apostar no consumo de alimentos integrais. Eles possuem quase as mesmas quantidades de calorias que os refinados, no entanto, dão um show quando o assunto é a quantidade de fibras. “Elas são importantes na alimentação porque aceleram a passagem dos produtos residuais do organismo, absorvem substâncias perigosas (toxinas) e mantêm o tubo digestivo saudável.
Outro benefício importante das fibras em relação ao trato gastrintestinal, é que elas servem de substrato para a formação de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que fornecem energia para as células intestinais desempenharem bem suas funções, como produzir neurotransmissores que dão a sensação de bem-estar”, conta a nutricionista Elaine Pádua. O nutriente ainda atua no controle da glicemia, ponto a mais para quem é diabético.
Consultoria: Elaine Pádua e Stéphanie Robi, nutricionistas
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