O cigarro é responsável por aproximadamente 90% dos casos de câncer de pulmão. O tabagismo é a maior causa evitável de tumores, e as pessoas que fumam têm 20 vezes mais riscos de desenvolver a doença. Mas você sabe o que acontece com o seu corpo após parar de fumar?
Mesmo após anos como fumante, 20 minutos depois de deixar o hábito, a pressão arterial volta ao normal e a frequência cardíaca retorna aos níveis normais. Depois de oito horas, os níveis de monóxido de carbono do sangue normaliza e o oxigênio aumenta. Um dia após isso, os riscos de um infarto em decorrência do fumo diminui. Dois dias depois os sentidos como olfato e paladar melhoram. Três meses e a circulação sanguínea já é outra, a função pulmonar se recupera em até 30%.
Nove meses e os sintomas comuns dos fumantes, como tosse, rouquidão e falta de ar já se tornam mais leves. Depois de 5 anos a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoas que fumava um cigarro por dia diminui em 50%. Quinze anos após se livrar do mal hábito, os riscos de desenvolver câncer de pulmão é igual ao de uma pessoa que nunca fumou.
Entendendo a doença
Pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam a existência 28.220 novos casos de tumores pulmonares por ano no Brasil. Os principais sintomas da doença são os ligados ao sistema respiratório, como tosse, falta de ar e dor no peito. Porém, outros menos típicos também podem ser notados: perda de peso e fraqueza. Em 15% dos casos, o paciente descobre o câncer por acaso, enquanto faz outros exames de rotina.
Existem dois tipos mais conhecidos de câncer de pulmão, o carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermoide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, destaca a oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), Dra. Mariana Laloni.
Os tratamentos, geralmente usados, são a cirurgia, o tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e a radioterapia. A intervenção cirúrgica tem como objetivo retirar a parte comprometida do pulmão. A decisão por esse processo dependerá principalmente da extensão, tipo, tamanho e localização do câncer. Depois da operação, a quimio e a radioterapia são indicadas para destruir células tumorais que possam ter restado ou que estejam circulando pelo sangue.
Texto: Michele Custódio/Colaboradora | Consultoria: Dra. Mariana Laloni, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO)
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