Sabia que em 2016, o INCA – Instituto Nacional de Câncer – registrou mais de 500 mil novos casos de câncer em nosso país, sendo que cerca de 6 mil foram de câncer da tireoide? Ainda segundo a instituição, 84% dos casos de câncer da tireoide serão em mulheres, um número cinco vezes maior do que o estimado em homens (5.870 casos nas mulheres e 1.090 em homens).
“Esse número representa pouco diante da incidência de outros tipos de câncer, mas já é o suficiente para prestarmos atenção a um problema que, muitas vezes, passa despercebido pela maioria das pessoas, principalmente das mulheres”, diz o cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Erivelto Volpi. O especialista diz ainda que esse tipo de câncer já é o quinto mais frequente no sexo feminino, sendo o maior risco de incidência na fase reprodutiva. “É importante ressaltar que, embora seja mais frequente nas mulheres, a doença afeta também os homens, sendo o 17º mais prevalente entre o sexo masculino”.
Quais as principais causas do câncer da tireoide?
Dentre os fatores de risco para esse tipo de câncer estão o histórico familiar e a exposição à radiação. Na última década, a incidência do câncer da tireoide em todo o mundo cresceu 10% em todas as faixas etárias. Segundo Volpi, o fato se deve ao maior acesso ao diagnóstico.
Porém, o especialista diz que há estudos recentes sobre diruptores endócrinos – substâncias químicas que interferem no sistema hormonal, alterando a forma natural de comunicação do sistema endócrino -, e que podem ser uma das causas do aumento da incidência do câncer da tireoide.
Existe tratamento?
A boa notícia é que se diagnosticado precocemente, as possibilidades de cura aumentam. No entanto, cerca de 60% dos pacientes com câncer da tireoide recebe o diagnóstico já em estágio avançado, porque, muitas vezes, os sintomas acabam passando despercebidos ou confundidos com outros problemas de saúde.
A cirurgia para a remoção dos nódulos anormais (tireoidectomia) é a principal forma de tratamento. Após a cirurgia, o paciente passa a tomar hormônios para substituir os que não podem mais ser produzidos pela tireoide e, dependendo da avaliação médica, o tratamento é estendido com terapias contendo iodo radioativo.
Consultoria Erivelto Volpi, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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