Que criança consegue resistir à fofura de um pet? Cachorros, gatos, pássaros ou porquinhos-da-Índia... As opções são muitas! E é nesse momento que os pais têm que decidir se cedem aos pedidos dos pequenos e tornam-se responsáveis por um animal doméstico.
Além dos cuidados frequentes com a higiene (banho, tosa e limpar o ambiente, por exemplo), em alguns casos, pode existir uma outra preocupação: a alergia ao bichinho de estimação. “Esse tipo de alergia, que está relacionada a gatos e cães, por exemplo, é extremamente frequente”, afirma Renata Ayd, dermatologista.
Alergia por que?
A maioria dos casos de alergias a animais é causada por ácaros, uma espécie de aracnídeo que pode ser encontrada nos animais. Eles são muito pequenos, mas podem causar grandes problemas à saúde, inclusive alergias. Por estarem em qualquer lugar da casa (como travesseiros e cortinas), os ácaros são difíceis de serem combatidos, dificultando a prevenção.
Ainda é possível que os pelos e as penas dos bichos causem o quadro alérgico – mas esse caso ocorre com bem menos frequência do que quando os ácaros são os alérgenos. No caso específico dos gatos, a saliva pode ser a razão para a pessoa desenvolver a alergia. Isso acontece porque esse animal se lambe muito e as substâncias alergênicas presentes na saliva acabam se impregnando nos pelos, provocando as conhecidas reações alérgicas, principalmente nos indivíduos mais sensíveis.
Diagnóstico
Para que o especialista consiga chegar a uma conclusão sobre os sintomas apresentados (como congestão nasal, coceira, espirros, rinite, conjuntivite e coriza) , é necessário ter consciência do histórico familiar, ou seja, avaliar todos os casos que podem ter acontecido com os parentes do paciente.
Também devem ser solicitados exames cutâneos e de sangue, com a finalidade de identificar o agente causador da alergia. Para que o tratamento seja realizado da melhor maneira possível, é recomendado o uso de métodos tradicionais, como antialérgico e corticoide nasal. Em casos específicos, pode ser que o médico indique a aplicação de imunoterapia, ou seja, de uma vacina contra o fator desencadeante do quadro alérgico.
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Algumas medidas podem ajudar com esse problema, tornando possível a convivência de pessoas com esse quadro alérgico e os animais domésticos – desde que um profissional qualificado faça uma avaliação da gravidade dessa doença. O primeiro passo é garantir a higienização constante do bicho, pois isso ajuda na redução dos pelos e pele que caem no ambiente (uma vez que esse fato pode ser o causador de alergias em alguns indivíduos).
Além disso, outro ponto essencial é deixar o animal dormindo no quintal ou na área de serviço, evitando o contato constante dele com o ambiente de dormir. Uma boa dica é optar por passeios na vizinhança, assim o bichinho pode se exercitar e desfrutar de mais espaço.
Texto: Larissa Tomazini Edição de texto: Ana Beatriz Casali/Colaboradora Consultoria: Renata Ayd, dermatologista