O Acidente Vascular Cerebral é uma das principais causas de mortes no mundo. Popularmente conhecida como derrame, essa doença está entre as mais letais e atinge 16 milhões de pessoas a cada ano. Destes, seis milhões morrem. Já no Brasil, o Ministério da Saúde alerta para os perigos da doença, que chega a quase 100 mil vítimas fatais no país. Atualmente, o distúrbio está entre as principais causas de mortes registradas em território nacional. Por isso, é necessário que as pessoas passem a adotar hábitos de vida mais saudáveis que previnam o aparecimento de doenças. Entenda o AVC e seus fatores de risco e evite que o problema apareça!
Entenda a doença
“AVC, acidente vascular cerebral, ou o conhecido derrame, é quando ocorre uma interrupção aguda do fluxo sanguíneo para os neurônios, secundário a uma obstrução, a isquemia, ou rompimento de algum vaso, a hemorrágica”, explica o neurologista Leonardo Medeiros. Ou seja, o problema pode ser definido como o surgimento de uma falha neurológica súbita causada por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Desse modo, os especialistas classificam a doença em dois tipos:
AVC e seus fatores de risco
Um estudo internacional constatou que apenas 10 fatores de risco são responsáveis por 90% do risco de AVC. “A hipertensão é o fator de risco mais potente para a ocorrência do problema. E dessa lista, cinco fatores normalmente ligados ao estilo de vida – pressão alta, fumo, gordura abdominal, dieta e inatividade física – são responsáveis por 80% dos riscos”, acrescenta o profissional. Segundo Leonardo, os principais fatores de risco são:
- Idade: mesmo podendo surgir em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-nascidos, sua ocorrência aumenta com o tempo. Assim, quanto maior a idade, maior a chance de ter um AVC.
- Genética: é importante saber se em seu histórico familiar existem casos de doenças vasculares como derrame, infarto ou trombose, pois a probabilidade de ter um AVC aumenta nesses casos.
- Doenças do coração: principalmente as arritmias (batimentos cardíacos desregulados), aumentam o risco da doença. As arritmias provocam uma corrente sanguínea irregular e facilitam a formação de coágulos dentro do coração, que podem chegar ao cérebro pela circulação. Infarto, fibrilação atrial, doença nas válvulas e doença de chagas são alguns exemplos.
- Hipertensão arterial: quando a pressão está elevada, ela prejudica os vasos sanguíneos do cérebro. O tratamento da hipertensão é muito importante, pois reduz, ao mesmo tempo, o risco de AVC e de ataques do coração.
- Diabetes: é importante manter o controle dessa doença com uma dieta adequada e medicamentos, pois, dessa forma, os problemas circulatórios são menos comuns.
- Sedentarismo: esse problema causa diversos fatores de risco do AVC, como o aumento de peso, hipertensão e diabetes. Por isso, a atividade física ajuda na redução do risco de doença vascular.
- Colesterol: o excesso de gordura no sangue leva à formação de placas nas paredes das artérias, tornando-as mais estreitas e reduzindo o fluxo sanguíneo.
- Tabagismo: as substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro passam dos pulmões para a corrente sanguínea e circulam pelo corpo, afetando todas as células e provocando diversas alterações no sistema circulatório.
- Álcool e drogas: o consumo rotineiro de bebidas alcoólicas leva a hipertensão e níveis inadequados de colesterol no sangue – outros fatores de risco. Já o uso de cocaína ou crack é capaz de gerar lesão arterial e picos hipertensivos.
- Anticoncepcional: o uso desse tipo de pílulas pode favorecer o surgimento de AVC, principalmente em mulheres fumantes, com hipertensão arterial ou com enxaqueca.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Leonardo Medeiros, neurologista
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