A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) define a asma como uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de chiado no tórax, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã, ao despertar. Ela Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
Uma vez asmático…para sempre asmático
A definição acima começa com a informação de que se trata de uma doença crônica, ou seja, faz parte do grupo de patologias de longa duração e que, em geral, não podem ser curadas. É uma dura realidade, mas não há motivo para desespero. Assim como tantas outras doenças desse tipo (diabetes e hipertensão, por exemplo), a asma pode ser controlada e os sintomas praticamente eliminados, desde que o portador siga corretamente as recomendações médicas. “Embora o paciente possa ficar assintomático na vida adulta, a qualquer momento pode voltar a ter os sintomas. Pode melhorar, mas eliminar definitivamente, não acontece. Se for tirado um pedaço do pulmão e realizados exames, certamente aparecerão as características celulares da asma”, atesta a pneumologista Christina Pinho.
Tratamento
O primeiro passo é descobrir qual é o grau de asma que o indivíduo possui e depois medições da capacidade pulmonar do paciente precisam ser feitas. Assim, a soma dessas variáveis dirá qual o melhor tratamento e que tipo de remédio é o mais indicado para aliviar as crises. Os principais medicamentos prescritos pelos médicos no controle da asma são os corticosteroides inalatórios (CI), tanto para crianças como adultos, a diferença está na dosagem. O resultado esperado do tratamento é a diminuição da frequência e da intensidade dos sintomas. Geralmente, com duas semanas se consegue uma melhora da função pulmonar, mas a estabilização total pode levar meses ou até anos. Os CI são inalados nas famosas bombinhas e devem ser usados sempre de acordo com a recomendação de um médico, uma vez que podem ter efeitos colaterais.
Natação cura?
Há mesmo quem acredite que é possível acabar com a doença através da prática de natação. “As evidências científicas de que isso possa acontecer são baixíssimas. Essas evidências podem ser classificadas em A, B, C, D e E. Sendo que A são aquelas que ninguém questiona. A natação como cura da asma é classificada em D, portanto, está muito longe de ser real. O que acontece é que ao praticar natação, você promove a atividade física regular e isso, para qualquer paciente com qualquer doença, é benéfico. Além disso, de fato, a musculatura respiratória é exigida”, explica Christina.
Consultoria Christina Pinho, pneumologista
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