Um estudo da Universidade de Queens revelou que a quantidade de arsênio no arroz é de 10 a 20 vezes maior do que em outros cereais. Este elemento é um agente causador de câncer, doenças cardíacas e problemas de desenvolvimento em crianças.
O arsênio pode ser encontrado naturalmente no solo, de onde baixas concentrações são absorvidas pelos alimentos, mas, se consumido em pequenas porções, não oferece riscos à saúde. Na alimentação do brasileiro, como, em média, 86,5 g de arroz está presente nos pratos quase todos os dias, é preciso ter cuidado.
O Professor Andy Meharg, que vem estudando o tema há décadas, comparou o consumo de arsênio com o do cigarro. “O efeito é dependente da dosagem – quanto mais você comer, maiores são os riscos”, concluiu em entrevista para o programa Trust Me, I’m A Doctor, da BBC. Ele ainda destacou que a maior preocupação é com os bebês e com crianças, já que a ingestão dessa toxina está diretamente relacionada ao crescimento e ao desenvolvimento do QI.
Arroz integral
Uma análise feita pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP constatou que o arroz integral nacional é um dos que apresenta as maiores concentrações de arsênio, pois, via de regra, a toxina pode se acumular mais no farelo.
Nas análises, foram constatados níveis moderadamente elevados, na faixa dos 222 nanogramas (ng) de arsênio por grama de arroz. Considerando o consumo diário desse grão, a quantidade é pouco maior que via água em sua concentração máxima permitida para ingestão (10 microgramas [µg] de arsênio por litro de água), a partir da média de 2 litros de água diários.
O modo certo de preparar o arroz
A dica para diminuir o consumo em até 80% desse elemento é cozinhar o arroz de forma diferente: utilizar cinco partes de água – e não duas, como geralmente é feito – para uma parte de arroz e também remover o restante de água após o cozimento. Outra opção, é deixar o arroz de molho de um dia para o outro e, depois, eliminar a água.