Qualquer tarefa requer um mínimo daquele fator que, às vezes, parece se dissipar da nossa mente: o foco. Até mesmo quando a ação se torna automática, se a concentração não estiver suficientemente envolvido, uma hora ou outra alguma coisa sairá errada. A necessidade de se concentrar, por um lado, irrita as cabeças distraídas e, por outro, está aí para ser estudada, desenvolvida e dar sentido à grande parte das nossas atividades cognitivas.
No mundo da lua
Seja um trabalho de casa, escritório ou até a construção de uma ideia abstrata, o foco interno e externo permite que tudo se relacione ao nosso consciente. Entre todas suas funções, a concentração é um ponto fundamental no processo de aprendizagem.
Segundo Renato Alves, autor do livro O cérebro com foco e disciplina, “a memorização é totalmente dependente do estado mental de concentração, ou seja, para você ter um aprendizado de consistência, você precisa, antes de mais nada, concentrar a sua mente no processo de aprendizagem“.
Isso evidencia, de acordo com Renato, o papel da motivação nesse processo. “Não adianta cobrar que um aluno estude se ele não tem motivação. Porque, se não há motivação, não há concentração. E se não há concentração, consequentemente a pessoa acaba não aprendendo, não memorizando”, afirma o especialista.
Em um momento de distração, isso se verifica, já que a atenção não desaparece simplesmente, mas é desviada para uma atividade secundária naquele momento. Afinal, já notou que qualquer coisa parece ser mais interessante do que estudar para aquela prova da disciplina que você menos gosta?
As razões para essa sensação são infinitas, mas além da falta de motivação, alguns fatores parecem exercer maior papel. Na era da internet, das notificações e de um mundo de informações a apenas um clique de distância, nossa atenção é desviada a todo momento, e manter o foco torna-se um desafio ainda maior.
A psicóloga Gisleine Isquierdo explica que, atualmente, “temos muitos canais de distração, estímulos atraentes, que piscam na tela e atraem seu olhar. As mídias sociais são um exemplo, já que fazem com que a pessoa esteja o tempo todo sendo convidada para alguma coisa, para uma conversa, notificações, etc”.
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Consultorias: Gisleine Isquierdo, psicóloga; Victor Ribeiro, especialista em aprendizagem acelerada; Renato Alves, autor do livro O cérebro com foco e disciplina e especialista em ciências cognitivas nas áreas de memorização e concentração.
Texto e entrevistas: Angelo Matilha Cherubini/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador