Se seu filho já tirou notas baixas e ficou em recuperação na escola, você sabe bem os transtornos que isso causa. O que poucos sabem, porém, é que os motivos nem sempre estão ligados ao desleixo ou a problemas de aprendizagem. Neste meio de semestre, ainda dá tempo de auxiliar seu filho a estudar. Ou, se lá na frente receber a notícia de que ele vai ter que passar parte das férias em recuperação, também há formas de lidar bem com isso.
Possíveis causas das notas baixas
• A notícia de que seu filho está em recuperação escolar não é a melhor do mundo. Apesar disso, deve-se enfrentar a situação com tranquilidade, fazendo uma boa avaliação do ocorrido para que a criança possa ser ajudada da melhor forma.
• Segundo o psicólogo Fernando Elias José, especialista na preparação emocional de estudantes, há várias razões que levam um aluno a ter um desempenho ruim na escola.
• “Podemos relacionar as notas vermelhas à falta de atenção, excesso de faltas, lições de casa não feitas – que fazem com que o aluno não reforce o aprendizado fora da sala de aula –, falta de planejamento nos estudos ou à própria dificuldade que o aluno possa ter em determinada matéria”, enumera.
• Para identificar as causas, o primeiro passo deve ser dado dentro de casa. É importante falar aberta e francamente sobre os fatores que levaram seu filho a ficar em recuperação. Mas isso deve ser feito sem cobranças, para que ele também possa lidar com a situação com mais naturalidade.
• “Principalmente no caso de crianças menores, a conversa com os professores e orientadores na escola também é fundamental nesse processo”, complementa o especialista.
Dia a dia
• Quanto antes forem identificadas e tratadas as dificuldades do estudante, maiores serão as chances de ele obter resultados positivos.
• Assim, para evitar que o boletim do pequeno seja repleto de notas vermelhas, fique atenta: ao perceber que o aluno não está conseguindo acompanhar uma determinada disciplina, os pais devem auxiliá-lo a estabelecer uma rotina de estudos em que a matéria seja revista em casa, procurando sempre realizar exercícios e resolver problemas sobre o conteúdo, o que ajudará a fixá-lo.
• Também é fundamental manter um canal de comunicação aberto e constante com os educadores. “O apoio pedagógico é fundamental, uma vez que os professores acompanham o dia a dia do aluno na escola e estão treinados para identificar os problemas de aprendizagem que possam ocorrer, assim como terão condições de orientar os pais na melhor maneira de auxiliá-lo”, reforça Fernando.
Texto: Giovana Sanches | Consultoria: Fernando Elias José, palestrante, consultor organizacional e psicólogo clínico
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