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Você sabia que alguns problemas de saúde podem aparecer com a ansiedade? Saiba quais transtornos e fobias podem se desenvolver com o problema!
- Foto: iStock.com/Getty Images

Ansiedade: ela pode ser a porta de entrada para outras doenças

Você sabia que alguns problemas de saúde podem aparecer com a ansiedade? Saiba quais transtornos e fobias podem se desenvolver com o problema!

Muitas vezes, a ansiedade é considerada um sintoma, já que existe uma série de distúrbios que a trazem consigo. “Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, entre outros), mas podem ocorrer casos em que vários transtornos estão presentes ao mesmo tempo e não se consegue identificar o que é primário e o que não é, sendo mais correto referir que esse paciente apresenta mais de um diagnóstico coexistente”, esclarece a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi. A seguir, confira alguns transtornos que têm as crises ansiosas como características mais lembradas.

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Foto: iStock.com/Getty Images

Transtorno do pânico

Seus sintomas são, geralmente, um medo extremo (seja qual for o motivo) e o receio da morte, mesmo que não se saiba de onde eles venham. “As crises caracterizam-se por períodos espontâneos, episódicos e intensos de ansiedade, durante menos de 1 hora (20 a 30 minutos). Ocorrem pelos menos duas vezes na semana, podendo variar de acordo com cada indivíduo”, explica Cristiane.

Outros sintomas que acompanham o distúrbio são dificuldades para se concentrar e confusão, além de manifestações físicas, como sudorese, palpitações, taquicardia e dispneia (falta de ar). Quando a crise se instala, outras sensações desconfortáveis podem ser sentidas, como dificuldade em se lembrar de algo que antes se recordava normalmente, dificuldades para falar (às vezes acompanhada de gagueira), além de algumas sensações comuns em quadros depressivos, como sensações de despersonalização e distanciamento da própria realidade.

Fobias

Trata-se de um medo intenso, seja de algum objeto, situação ou até mesmo uma atividade que não ofereça nenhum perigo iminente. Existem centenas de tipos de fobias, sejam elas comuns ou não. “O medo é percebido como irracional e sem correlação. Existe o medo da humilhação e embaraço em lugares públicos. Diferentemente da agarofobia, na qual o paciente não está excessivamente preocupado com a reação dos outros ao seu comportamento, as fobias sociais incluem medo de comer em restaurantes, de usar banheiros públicos, falar em público, tocar em público. Existem fobias simples como medo de aranhas entre outros animais”, acrescenta Cristiane.

 

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FOTO: Shutterstock

Transtorno obsessivo compulsivo (toc)

Nesse caso, a pessoa tende a conviver com pequenas obsessões mentais que acabam atrapalhando a rotina. Mania excessiva de organização e limpeza, movimentos corporais padronizados, medo exagerado de se contaminar com bactérias presentes em maçanetas, copos e canetas e testar várias vezes se as portas e as janelas do carro estão realmente fechadas são alguns dos milhares exemplos de TOC existentes.

Essas manias tendem a atrapalhar diretamente a vida do portador, podendo prejudicar o seu convívio familiar e o desempenho no trabalho. “Uma obsessão é um evento mental recorrente e intrusivo, que pode ser um pensamento, um sentimento, uma ideia ou até uma sensação. Já a compulsão trata-se de um comportamento consciente, padronizado e recorrente. Uma característica fundamental desse distúrbio são obsessões ou compulsões recorrentes suficientemente severas para causar angustia acentuada, o que interfere de maneira significativa na rotina normal, no funcionamento profissional, nas atividades sociais ou relações habituais com os outros.

A tentativa de utilizar-se do ato compulsivo para reduzir a ansiedade, na maioria das vezes, não ocorre. Os sintomas começam na adolescência ou no início da vida adulta. Existem correlações com traumas durante o nascimento, e algumas questões neurológicas (como epilepsia, problemas nas válvulas do coração entre outras questões de ordem fisiológica)”, frisa Cristiane.

Transtorno pós-traumático

Como o próprio nome já diz, esse tipo de distúrbio se instala após o indivíduo sofrer com um grande trauma em sua vida, seja um acidente, a perda de um ente querido ou até mesmo situações menos graves, como a perda de um emprego ou o término de um relacionamento. “O paciente costuma evitar falar sobre o que aconteceu, pois isso lhe é muito doloroso, e essa atitude parece perpetuar os sintomas como em geral acontece com todos os transtornos ansiosos. Crianças apresentam uma dificuldade a mais, especialmente as mais jovens, pois é difícil compreender com clareza e discorrer sobre o ocorrido. No caso dos pequenos, os temas relacionados ao trauma são expressados em brincadeiras repetitivas”, comenta Cristiane.

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FOTO: Shutterstock

As crises de ansiedade tendem a ser constantes e duradouras, por isso, o acompanhamento psicológico se faz fundamental para que o paciente recupere a sua qualidade de vida. “A abordagem cognitivo-comportamental tem sido focalizada sobre os sintomas alvos, com o objetivo de reverter o condicionamento da reação ansiosa, pela habituação ao estímulo. O terapeuta deve auxiliar a pessoa a enfrentar o objeto temido, discursando sobre o evento traumático, orientando o paciente a não evitar o tema ou os pensamentos relacionados (técnica de exposição)”, finaliza a profissional.

Depressão

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Foto: Shutterstock

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas vivem, atualmente, em um mundo preto e branco. Pode ser seu vizinho, algum familiar ou até mesmo seu melhor amigo. Não importa a nacionalidade, as condições financeiras ou o estado civil, o fato é que a depressão não faz distinção entre suas vítimas e se torna um dos problemas mais comuns do século. Ela pode ser desencadeada por situações do cotidiano, como conflitos amorosos ou financeiros e problemas de ansiedade.

A pessoa também pode ter uma predisposição para desenvolver a doença (fatores genéticos). “Do ponto de vista psicológico, a depressão está relacionada a experiências de perdas significativas, como morte de um ente querido, perda de um emprego, de um local de moradia ou de status socioeconômico, doença grave ou crônica ou algo puramente simbólico e importante para aquela pessoa que não possa ser alcançado ou tenha sido perdido”, esclarece a psicóloga clínica Marcella Mantovani Pazini.

 

Texto: Larissa Tomazini

Consultoria: André Luiz Monezi Andrade, Aline Gomes, Cristiane Moraes Pertusi e Marcella Mantovani Pazini, psicólogas; Iracema Teixeira, psicoterapeuta; Mara Fernandes Maranhão, psiquiatra

 

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