Hábitos negativos tendem a prejudicar as atividades cerebrais. Por isso, manter a saúde sempre em ordem é fundamental para afastar o risco de Alzheimer e Parkinson: exames de rotina, para verificar males como colesterol, pressão alta e diabetes, também podem diminuir consideravelmente as chances de sofrer com a degeneração cerebral. “A prevenção do aparecimento das doenças pode se dar através do controle de alguns fatores de risco, como cessar o tabagismo, fazer exercício físico com regularidade, manter atividade cognitiva e ter uma vida ativa e saudável”, explica a neurologista Sonia Brucki. Saiba mais a seguir!
Mente ativa
Os cuidados com o cérebro são inquestionáveis para a prevenção do Alzheimer e do Parkinson. “Exercitar-se mentalmente, por meio de atividades que exijam trabalho do cérebro, como aprender um instrumento musical ou uma língua nova, além de praticar a leitura regular de livros ou escrever, pode desacelerar ou evitar a evolução da doença”, afirma o neurologista Flávio Sekeff Sallem. É necessário pensar no cérebro como um músculo que precisa ser exercitado, caso contrário, ele atrofia.
O papel do exercício físico
Exercitar-se está ligado a muitos benefícios ao corpo: controle do peso, longevidade, saúde mental, convívio social e, claro, prevenção de doenças. “Estudos científicos têm comprovado que exercícios físicos regulares podem, sim, retardar ou até mesmo prevenir a doença, ”, salienta a fisioterapeuta Flávia Schultz.
Os prejuízos do cigarro
Além de aumentar o risco de doenças cardíacas e de alguns tipos de câncer – dentre eles, destaca-se o de pulmão – fumar ainda pode contribuir para a destruição de células importantes para a atividade cerebral, causa diretamente relacionada com o Alzheimer e o Parkinson. “Por meio alterações vasculares (pressão alta, diabetes, tabagismo, sedentarismo e obesidade podem levar a lesões cerebrais por dano vascular), pode-se iniciar ou acelerar fenômenos que estão por baixo da fisiopatologia da do Alzheimer”, acrescenta Sallem.
Sem álcool
Da mesma maneira que ocorre com o cigarro, o álcool também é um fator de risco para que o Alzheimer se desenvolva, porém, essa associação ainda necessita de mais pesquisas. Isso porque estudos recentes realizados com pessoas que consumiram álcool em grandes proporções durante a vida tiveram chances menores de desenvolver algum tipo de demência em relação àquelas que fizeram uso desse tipo de bebidas de maneira moderada. Por via das dúvidas, a dica é não abusar!
LEIA TAMBÉM:
- Fumantes: um cigarro por dia é o suficiente para causar morte prematura!
- Pesquisa aponta o fim do vício em álcool
- Exercício físico: 11 motivos para você apostar na caminhada!
Consultoria: Flávia Schultz, fisioterapeuta; Flávio Sekeff Sallem e Sonia Brucki, neurologistas
Texto: Paula Santana