Você provavelmente já ouviu alguma grávida dando a desculpa de que está “comendo por dois” para poder comer um pouco mais durante a refeição, não é? Pois saiba que essa ideia trata-se de um mito. Certos cuidados precisam ser tomados com a alimentação na gravidez. “O certo é comer bem por ela até se sentir satisfeita, não cedendo a excessos de nenhuma forma, pois o que ela come hoje reflete na vida futura do seu filho”, explica o médico nutrólogo Osvalmir Sá, da Corpometria.
Consequências futuras
Esses excessos cometidos na gravidez podem acarretar problemas futuros para ela e para o bebê. Segundo um estudo realizado na cidade de Boston, denominado Projeto Viva, o consumo de bebidas açucaradas durante a gravidez aumenta o risco de obesidade infantil. Os especialistas acompanharam 1078 mulheres durante a gestação e os seus filhos anos depois o nascimento. E constataram que as crianças das mães que consumiram refrigerantes e sucos artificialmente adoçados tinham uma concentração maior de gordura corporal por volta dos 7 anos.
A pesquisa reforça a importância de prevenir a obesidade infantil logo no primeiro estágio de gestação. Também fazer um acompanhamento com um nutrólogo durante o pré-natal para garantir a saúde do bebê e da mamãe a longo prazo. “Durante o acompanhamento são dadas orientações tanto alimentares quanto suplementares. Assim podemos ter um bom desenvolvimento fetal, com menos chances de doenças futuras para a criança, incluindo a obesidade”, reforça Osvalmir.
Aprendendo a comer
A alimentação na gravidez precisa ser variada. Não existe algo que precise obrigatoriamente ser consumido durante esse estágio da vida da mulher, porém é importante para saúde de ambas as partes que mantenha-se uma dieta equilibrada. “A dieta deve contar desde um simples prato de arroz, feijão, carne e saladas até peixes de origem marinha, castanhas e sementes”, exemplifica o nutrólogo.
Para que mantenha-se um peso contante é preciso ter uma alimentação equilibrada, regulando a ingestão de carboidratos, lipídios e proteínas. “A alimentação balanceada diminui as chances de ganho de peso excessivo na mãe que pode vir a ter alterações de açúcar no sangue, hipertensão e obesidade se propagar após a gestação”, enfatiza.
Texto: Michele Custódio/Colaboradora | Consultoria: Osvalmir Sá, médico nutrólogo da Corpometria
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