AIDS, abreviação do inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é, como o próprio nome indica, uma síndrome – ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que surgem justamente por conta da queda na taxa dos linfócitos CD4 ocasionada pelo vírus da doença.
No que consiste a AIDS?
“O HIV é transmitido através de contato sexual, qualquer que seja ele – sexo vaginal, anal ou oral”, aponta a infectologista Sumire Sakabe, “e também pelo uso de agulhas ou seringas contaminadas, transfusão de sangue contaminado, assim como da mãe infectada para o bebê, na gestação, no parto ou na amamentação”, diz.
Os primeiros sintomas são bem banais e podem ser confundidos com uma moléstia comum, pois incluem febre, dores musculares, dores de cabeça, dores de garganta, calafrios, candidíase, entre outros.
Porém, assim que as células de defesa vão sendo destruídas e o sistema imunológico perde suas capacidades, abre-se a porta para enfermidades mais agressivas como pneumonias, tuberculose e meningite, com grandes possibilidades de levar a pessoa à morte.
“Há vários testes disponíveis para detectar o HIV”, comenta a especialista. “O clássico é colher o sangue no laboratório e aguardar alguns dias para o resultado. Há também o teste rápido, disponível gratuitamente na rede pública, e também existe um teste feito com saliva em vez de sangue”. Caso o exame dê positivo, é preciso iniciar o tratamento com urgência.
Medicamentos para a síndrome
A primeira novidade no tratamento da AIDS ocorreu no ano de 1987. Foi quando surgiu a zidovudina ou AZT, o primeiro remédio que apresentou certo poder de combater o vírus. Em 1995, apareceram os inibidores de protease, pioneiros na série de medicamentos antirretrovirais que agem sobre a enzima que o vírus utiliza para se multiplicar.
Porém, a grande revolução ocorreu no final de 1997, quando os EUA fixaram o tratamento da AIDS por meio do coquetel. Associando diversos medicamentos anti-HIV, o coquetel permitiu que a doença se tornasse controlável. Hoje, é possível para soropositivos levarem uma vida normal e grávidas contaminadas podem ter bebês livres do vírus.
No caso do coquetel, a única pedra no sapato são alguns efeitos colaterais gerados pelas drogas, como enjoos, diarreias, tonturas e problemas hepáticos. Além disso, tratamentos contra a AIDS são longos e constantes.
Consultoria: Sumire Sakabe, infectologista do Hospital Nove de Julho
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