Mesmo com muitos estudos sobre os psicopatas, algumas dúvidas ainda habitam o imaginário das pessoas. Por isso, é importante pontuá-as e esclarecer o que realmente há por trás dessa máscara que assusta tantas pessoas, seja na ficção ou na vida real.
1 – São indivíduos que vivem sempre isolados
É importante lembrar da necessidade de ficar atento a comportamentos incomuns de pessoas do seu círculo social. Psicopatas são bons em “vestir uma máscara”, manipular e persuadir quem está ao seu redor para benefícios próprios.
2 – Se alguém conviver por muito tempo com um psicopata, pode desenvolver o transtorno
Isso é um grande mito, contudo, como indica o psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro, levando em conta os comportamentos manipuladores de psicopatas, familiares ou amigos que convivem com eles podem, com o tempo, apresentar um grande desgaste e sofrimento mental. “Dependendo da gravidade do transtorno, podem sofrer violências e ter suas vidas ameaçadas”, ressalta.
3 – Psicopatia é o mesmo que loucura
É correto afirmar ser um distúrbio mental, atualmente referido como transtorno de personalidade antissocial por profissionais da área. Ribeiro explica a importância da denominação correta do transtorno: “a palavra ‘louco’, atualmente, é considerada pejorativa, cheia de estigmas provenientes de uma história de marginalização de pessoas com transtornos mentais”.
4 – Psicopatas são mais inteligentes
Esse é apenas outro estereótipo presente na cultura popular. A ideia de que, principalmente, os serial killers são verdadeiros gênios do crime não representa a realidade, mas sim, os roteiros criativos dos filmes e das séries de televisão. “Há diversas hipóteses do porque estas pessoas seriam consideradas mais inteligentes. Uma delas é que, por não apresentarem empatia, manipulam, fazem planos e agem sem o viés da emoção, conseguindo atingir seus objetivos independentemente do sofrimento dos outros”, completa Ribeiro.
5 – Todos ps assassinos em série são psicopatas
Muitos dos serial killers mais famosos são diagnosticados com o quadro de transtorno de personalidade antissocial, mas não é certo generalizar. Alguns criminosos que cometem assassinatos em série podem sofrer de outros distúrbios, mais especificamente os da classe das psicoses, como a esquizofrenia, que pode vir acompanhada da dissociação mental.
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Consultoria: Hewdy Lobo Ribeiro, psiquiatra forense.
Texto: Giovane Rocha/colaborador – Edição e entrevista: Natália Negretti