Quando o assunto é a dentição infantil, existem diversos mitos que fazem diferença na hora de saber quais cuidados tomar para evitar problemas futuros. “Existem questões tanto de cunho estético quanto relacionadas à saúde bucal, que devem ser tratadas na infância a fim de evitar problemas”, pontua a ortodontista Sílvia Reis. Para não restarem dúvidas, ela esclarece uma série de mitos e verdades sobre o assunto. Confira!
1. O hábito de sucção de dedo e chupeta pode entortar os dentes?
Verdade. De acordo com Sílvia, 60% a 70% dos bebês necessitam da sucção não nutritiva do dedo ou chupeta e abandonam espontaneamente esses hábitos até os 4 anos de idade. “Se os pais percebem essa necessidade, o ideal é oferecer a chupeta ortodôntica, mais fácil de ser removida que a sucção de dedo”, explica.
Segundo a especialista, os pais devem estimular a interrupção dos hábitos a partir dos 3 anos, para evitar prejuízos na formação da dentição. As alterações nos dentes ocorridas até essa idade geralmente têm correção espontânea após a eliminação do hábito, mas se a sucção de dedo ou chupeta se mantém até a época da troca dos dentes de leite pelos permanentes, as más oclusões podem necessitar de um aparelho ortodôntico para sua correção.
2. Se a criança quebrar um dente pode ser preciso fazer reimplante?
Verdade. “Cada tipo de trauma terá uma indicação diferente de tratamento, mas nos casos de avulsão de dente permanente, quando o mesmo se desprende da gengiva, é importante que seja recolhido, mantido em leite ou saliva, e levado com urgência para que o profissional avalie a possibilidade de reimplante. O sucesso nos resultados desse procedimento vai depender da agilidade para realizar tudo no menor tempo possível após o acidente”, afirma. Em caso de dentição de leite, é preciso procurar com urgência um odontopediatra para avaliação, e o tratamento indicado depende de vários fatores como a idade do paciente e tipo de trauma.
3. Só se pode colocar aparelho ortodôntico após o crescimento da dentição permanente?
Mito. A maioria das más oclusões são consequências de desequilíbrios no crescimento dos ossos da face, maxila e mandíbula. “Se os pais percebem esses desequilíbrios, devem procurar o ortodontista a partir dos 5 anos de idade, quando a maioria das crianças já tem maturidade para colaborar com o tratamento”, diz a profissional.
O tratamento indicado, geralmente, visa estabelecer um adequado crescimento facial. Quando a criança inicia a troca dos dentes de leite pelos permanentes, a principal preocupação é avaliar se todos os dentes que vão nascer tem espaço adequado. Para as crianças com faces equilibradas, essa é a hora certa para visitar um ortodontista e verificar a necessidade do tratamento.
Consultoria Sílvia Reis, ortodontista
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