Muitos casais planejam passar o resto da vida juntos. Querem curtir a vida a dois, se casar, ter filhos, netos, envelhecer e aproveitar a velhice. Porém, a trajetória de um casal nem sempre é como o planejado: distanciamento da família, dificuldades econômicas, doenças, divórcio, viuvez… A perda do cônjuge ainda na juventude é um verdadeiro choque. Mas saiba que dá pra seguir em frente depois que o companheiro foi embora.
Viuvez precoce: dá para seguir a vida
A viuvez representa a perda de um grande amor, de um amigo, de um pai ou de uma mãe, de um confidente. É como se houvesse a perda de si mesma. Porém, lidar com a perda é uma maneira de recomeçar. A psicóloga Katia Horpaczky salienta: “é claro que não existe um período de tempo exato para que a pessoa se acostume com a ausência do parceiro e siga sua vida sem ele, cada um tem o seu tempo e a sua forma de elaborar esta perda”. A palavra-chave, nesta situação, é resiliência, ou seja, a capacidade de se recuperar facilmente ou se adaptar de maneira positiva à situações de má sorte ou às mudanças. “Pratique a resiliência, transforme a dificuldade em lições e se fortaleça!”, indica.
O papel da família
“As crianças vão precisar de muito apoio, paciência, carinho e compreensão. Mas sem compensações. Não há como substituir a figura do pai na criação dos filhos”, esclarece Katia. Quanto aos parentes de quem se foi, “manter contato e vínculo com a família do falecido é muito importante, pois oferece apoio e carinho, já que estão passando pelo mesmo processo de perda de um ente querido”, ressalta. É importante que a pessoa em luto tenha alguém com quem desabafar. Por isso, os amigos e familiares devem estar mais presentes.
Novos relacionamentos
Para quem fica, a vida continua. Novas pessoas surgem, assim como novos relacionamentos. E todos têm o direito de amar e ser amado novamente. De acordo com a psicóloga, enquanto algumas pessoas encontram um novo par após alguns meses de luto, “outras não conseguem se relacionar mais após a perda do companheiro. Tudo depende da necessidade e vida de cada um, de como a pessoa passou pelo luto”. O importante é ressaltar que não tem um tempo certo: há o que é melhor pra cada um.
Texto: Flávia Magalhães/Colaboradora
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