Quando alguém está com depressão, várias dúvidas aparecem. Nessa matéria você tira as dez mais comuns. Fique por dentro do assunto!
1 – O que é depressão?
É uma doença que afeta mente e corpo, também chamada de Transtorno Depressivo Maior. É tratável, porém, grande parte das pessoas que passa pelo problema não tem a doença diagnosticada ou tratada. Assim, família e amigos têm papel importante no reconhecimento dos sintomas.
2 – Quando procurar ajuda?
Toda pessoa deve consultar um psicólogo quando sintomas como tristeza e apatia se refletem nas atividades diárias. “O psicólogo ou psicanalista ouvirá as questões envolvidas na causa da depressão e assim ajudará a buscar um modo de lidar com elas”, explica a psicóloga Márcia Fraga.
3 – Tristeza x depressão
As tristezas do dia a dia são passageiras. “Assim que a questão é resolvida ou melhor elaborada pela pessoa, o sentimento passa”, destaca Márcia. Já na depressão, o indivíduo pode ter dificuldades para encontrar o fator desencadeante. “A depressão é mais duradoura e traz outros sintomas, como perda de apetite, alterações do sono, perda de libido e de interesse em atividades antes prazerosos, sensação de insegurança e diminuição da autoestima”, descreve a psicóloga.
4 – Tratamentos indicados
“Os melhores resultados são conseguidos pela combinação de medicamentos e psicoterapia”, responde a psicóloga Margarete Pinho. O paciente nunca deve se automedicar, é o psiquiatra quem vai decidir o melhor medicamento. “A psicoterapia sozinha é útil em pacientes intolerantes a medicamentos ou com dificuldades interpessoais”, diz Margarete.
5 – Depressão tem cura?
Em alguns casos sim, quando o paciente tem apenas um episódio de depressão e se recupera com o tratamento. Mas há o risco de uma recaída, portanto, o acompanhamento é importante.
6 – Qualquer pessoa pode ter depressão?
Sim, pois as causas que desencadeiam a doença são variadas. Porém, pesquisas indicam que filhos de pais depressivos têm maior tendência ao problema. “Isso ocorre porque a depressão está relacionada à produção de serotonina, que é herdada geneticamente. Além disso, a convivência em um ‘lar deprimido’ também exerce influência no indivíduo”, informa a psicóloga Marcella Mantovani Pazini.
7 – Algumas pessoas são mais propensas ao problema?
Apesar da doença poder surgir em qualquer idade (até na infância), mulheres e idosos são os mais atingidos. As alterações hormonais tornam o sexo feminino mais vulnerável. No caso dos idosos, geralmente a depressão está associada à diminuição da autonomia, ao isolamento e à perda de familiares e amigos. Cerca de 15% da população idosa apresenta os sintomas da doença.
8 – Quais as consequências caso não seja tratada?
“A depressão pode prejudicar diversos setores da vida. O paciente pode desenvolver fobia social, ter problemas familiares, no trabalho pela falta de concentração, ganho ou perda de peso excessiva, e inúmeros outros prejuízos”, lista Marcella.
9 – Como é o diagnóstico?
A doença é diagnosticada por meio da análise clínica dos sintomas pelo psicólogo ou psiquiatra, descartando a possibilidade de outras doenças. Assim, uma conversa sincera é fundamental.
10 – A doença tem prevenção?
Alguns tipos não podem ser prevenidos, já que estão ligados a desordens no funcionamento cerebral. “Porém, um estilo de vida saudável, que inclua atividade física regular e alimentação adequada, bem como a presença de vínculos afetivos, é considerado fator protetor contra a depressão, além de ajudar na recuperação de quem já sofre com o problema e diminuir as chances de recaídas”, completa a psiquiatra Mara Fernandes Maranhão.
LEIA TAMBÉM:
- Saiba quando a ansiedade vira doença
- Alimentação ajuda a amenizar a ansiedade; veja os alimentos indicados
- Ansiedade: hipnoterapia e uso de plantas são alternativas para o controle
Consultoria: Mara Fernandes Maranhão, psiquiatra; Margarete Pinho, psicóloga
Texto: Redação Alto Astral