Quando o assunto é toxoplasmose, a maioria das pessoas, injustamente, associa a doença aos gatos, acusados de serem os principais transmissores. Porém, segundo dados da Sociedade Mundial de Proteção Animal, apenas 1% da população felina realmente participa da disseminação da doença que, em alguns casos, pode causar graves danos ao organismo. Mas, afinal, o que é essa doença?
Com vocês, a toxoplasmose!
Causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, a doença pode comprometer a visão (provocando lesões na retina), atingir fígado, baço e coração (elevando o risco de infarto), provocar problemas neurológicos e, em casos graves, levar à morte. Porém, essas complicações só aparecem em pessoas com disfunções no sistema imunológico.
O importante é saber que a toxoplasmose tem prevenção e cura, e em 90% dos casos não provoca problemas de saúde, nem sintomas. Como a maioria das pessoas possui o sistema imunológico funcionando corretamente, quem deve ter maior cuidado são os imunodeficientes (pessoas com leucemia, linfoma, HIV ou transplantadas) e as gestantes, já que, quando adquirida durante os três primeiros meses de gravidez, a doença é capaz de causar aborto ou deficiências no feto.
Tem tratamento
Quando os sintomas surgem, podem ocorrer febre, manchas avermelhadas e ínguas pelo corpo, cansaço, dores e dificuldade para enxergar (visão borrada que pode evoluir à cegueira). Nesses casos, o tratamento é feito com medicamentos que agem diretamente no parasita. Em gatos, os sintomas são falta de apetite, febre, falta de ar e alterações oculares. Nos bichinhos, a toxoplasmose também é tratada com medicamentos e é eficiente em 60% dos casos.
Contaminação por alimentos
As informações corretas sobre a doença evitariam o abandono de muitos animais pelo medo da transmissão. Nesses casos, deve permanecer o bom senso: desde que os gatos sejam bem cuidados, quase não há riscos de que ele elimine os cistos do protozoário. A falta de higiene com a alimentação, por exemplo, é muito mais perigosa do que a simples presença de um gato no ambiente. O parasita pode ser adquirido pelas carnes cruas ou mal cozidas, por leite não pasteurizado, água contaminada, verduras e legumes mal lavados. Portanto, é fundamental manter a cozinha sempre limpa, armazenando as carnes congeladas e lavando muito bem todos os vegetais a serem consumidos.
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