TOC: o apoio da medicação é indispensável nessa doença

O TOC é uma doença que pode comprometer a qualidade de vida e, por isso, precisa ser tratada com medicamentos específicos. Saiba mais!

- Consulte um médico para saber o melhor tratamento para o TOC. Foto iStock.com/Getty Images

Em quadros de TOC (transtorno obsessivo compulsivo), a obsessão vem antes da compulsão (a repetição contínua dos rituais propriamente ditos, a face mais evidente do problema). Portanto, a cura passa pela identificação e combate à essa ideia fixa, que toma todo o espaço disponível na cabeça do paciente. Há circunstâncias que esse apego é tão grande a ponto de desestabilizar as funções neurológicas e somente o uso de medicamentos especializados possibilita à mente alcançar um mínimo de equilíbrio.

“Geralmente, os medicamentos são indicados quando o quadro está muito evoluído e a psicoterapia, por si só, não conseguirá fazer o cliente enxergar a causa do transtorno, por este estar submerso em seus esquemas mentais. Então, a psicoterapia segue com as técnicas e com os medicamentos simultaneamente”, esclarece a psicóloga Aline Gomes. “Psicólogos ou psicanalistas não estão autorizados a prescrever qualquer medicamento. Apenas os psiquiatras estão habilitados para tal”, faz questão de lembrar Aline.

Que tipo de remédios?

Os medicamentos mais utilizados hoje em dia no tratamento do TOC pertencem à categoria dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). A serotonina é um neurotransmissor que atua nas sinapses entre os neurônios, regulando funções como humor, sono, apetite e ritmo cardíaco. “Já se percebeu que, tanto nos quadros depressivos quanto nos quadros de transtornos obsessivo-compulsivos e de ansiedade em geral, existe um déficit nas áreas em que se dá a liberação da serotonina”, confirma o psiquiatra Sérgio Lima.

 

O TOC precisa ser tratado por medicamentos específicos receitados por um médico.

O TOC precisa ser tratado por medicamentos específicos receitados por um médico. Foto iStock.com/Getty Images

 

Sendo assim, os ISRS têm o objetivo de justamente impedir que a serotonina seja reabsorvida pelo organismo antes de entrar em ação. “Quando você adota esses medicamentos, possibilita uma maior presença de serotonina nas sinapses cerebrais. Com isso, há uma melhora nos sintomas, uma diminuição dos rituais e dos pensamentos obsessivos. Isso também acontece nos quadros depressivos e de outros transtornos ligados à ansiedade”, diz Sérgio. Diante do paciente, é recomendado que o psiquiatra explique os motivos da indicação de determinada substância e sua dosagem específica, descrevendo tanto seus benefícios quanto possíveis efeitos colaterais, que variam de pessoa para pessoa.

A conduta usual é começar com uma dosagem baixa, para testar a adaptação do paciente. Somente a partir de 4 a 5 semanas de uso é feito um aumento gradual – isso, quando algum tipo de reação negativa não força uma redução das doses (lembrando que cada organismo reage de um jeito diferente aos remédios). Entre os efeitos colaterais dessas fórmulas encontram-se náuseas, dor abdominal, diarreia, sonolência e, eventualmente, insônia, inquietude, dor de cabeça e suores noturnos. Uma melhor avaliação da eficácia da fórmula escolhida só será possível após 3 meses de uso contínuo.

 

Consultoria Aline Gomes, psicóloga; Sérgio Lima, psiquiatra

 

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