Relação entre tecnologia e cérebro: mitos e verdades

Conheça os principais mitos e verdades que envolvem a complexa e intrigante relação que envolve o nosso cérebro e a tecnologia

- FOTO: Shuttertock.com

Quando falamos do que a tecnologia pode causar em nosso cérebro, mitos e verdades surgem a todo instante. A tecnologia deixa o cérebro preguiçoso? Afeta nossa memória? E a criatividade do nosso cérebro, também pode ser vítima da tecnologia? Esclarecemos as principais questões relacionadas a esse tema.

Relação entre tecnologia e cérebro: mitos e verdades

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Relação entre tecnologia e cérebro: mitos e verdades

A tecnologia pode deixar o cérebro mais preguiçoso?
O neurologista Edson Issamu Yokoo explica que sim e que já se tem vários exemplos indicando que o avanço da tecnologia facilita tanto o trabalho mental que o cérebro acaba sendo subutilizado. De acordo com o profissional, um dos motivos seria a questão do consumo de energia. É que uma grande atividade cerebral requer muita quantidade de energia e isso obriga o organismo, no gerenciamento do funcionamento corporal, a deslocar grandes quantidades de energia, que se encontram espalhada pelos inúmeros sistemas biológicos para apenas uma atividade específica, que é a atividade cerebral.

Com o uso da tecnologia, a nossa memória aumentou?
Não, já que a capacidade da memória é um atributo individual. A memória tem mais relação com a capacidade de utilizar de maneira viável as informações armazenadas do que a quantidade de informações armazenadas. Portanto, não tem relação com o surgimento da tecnologia. “O conhecimento adequado sobre fatos novos relacionados à humanidade cresceu, aumentando o repertório de assuntos da memória. Isso não significa que temos mais ou menos memória do que antes”, diz.

Como estar conectado o tempo todo altera o nosso cérebro e as nossas ações?
Edson diz que muda no sentido de estar em um novo ambiente, com particularidades e interatividade diferentes de tudo que já vivenciamos antes. Ou seja, o mundo virtual, por exemplo, é um tipo particular de situação com características e reações próprias. Com isso, o cérebro também sofre alterações no funcionamento e na ativação de áreas que possibilitam o entendimento em relação ao que é virtual e ao que não é, e sobre as possibilidades de realizarmos naquele contexto coisas que nunca antes pudemos realizar e conhecer.

A nossa criatividade é alterada com o excesso de tecnologia?
A criatividade também não sofre com excesso de tecnologia, pois também é atributo individual. É uma característica daquele cérebro. Para quem tem criatividade, a tecnologia ajuda a estender os limites sobre o que se pode ou não fazer. Não adianta dar um software de criação poderosíssimo e altamente tecnológico, a uma pessoa com pouca criação. Nada vai acontecer. Para quem tem potencialidade e aprende a usar a tecnologia, coisas incríveis são criadas. Diariamente vemos isso.

 

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Texto: Amanda Araújo – Edição: Victor Santos

Consultoria: Edson Issamu Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

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