Açúcar, gorduras, carboidratos e sódio. Você os utiliza com grande frequência, não é? Mas sabia que algumas dessas substâncias presentes na alimentação podem prejudicar a saúde e retardar o processo de perda de peso? Veja como cada uma delas age no organismo e analise qual pode se tornar aliada da dieta e qual precisa ser evitada no cardápio.
Sódio: quanto menos, melhor
Já experimentou provar o prato antes de salgá-lo? Isso pode ajudar a reduzir a quantidade da substância ingerida diariamente. A orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que o consumo diário não passe de 2,4g por dia. Isso equivale a 1 colher (chá) de sal. Pode parecer pouco, mas não é! É que, normalmente, associamos o sódio ao sal, mas ele está presente na grande maioria dos alimentos industrializados, como macarrão instantâneo e molhos prontos para, além de acentuar o sabor, aumentar o tempo do produto na prateleira. Segundo Alice, em excesso, ele pode alterar o metabolismo, causando aquele inchaço desagradável que nos impede de colocar uma roupa mais justa. Ingerido em quantidade ideal, é fundamental para a absorção de nutrientes e trabalha para regular a quantidade de líquidos dentro da célula. Já sua carência pode acarretar fraqueza, náuseas e pressão baixa. Portanto, use o sal de cozinha moderadamente e, quando for temperar, invista em alho, cebola, limão, orégano, pimenta e outras especiarias naturais.
Carboidratos: fonte de energia
De acordo com a profissional, após serem absorvidos na digestão, os carboidratos se transformam em glicose, produzindo a energia que regula o funcionamento do nosso cérebro e do sistema nervoso central. Eles ainda atuam no metabolismo das gorduras e são fundamentais para o trabalho do intestino. Indispensável para o organismo, eles estão divididos em:
Monossacarídeos e dissacarídeos: são carboidratos simples, absorvidos rapidamente pelo organismo
Polissacarídeos: tratam-se dos carboidratos complexos, digeridos e absorvidos lentamente pelo corpo
Por mais que sejam essenciais, é preciso ficar atenta, já que em excesso os carboidratos podem elevar o açúcar no sangue, acarretando diabetes e obesidade. Mas, cuidado, pois excluí-los totalmente do cardápio é um erro: “A substância é o combustível para o cérebro, sistema nervoso e sangue, e sua falta pode causar cansaço, irritabilidade, tonteira e depressão”, alerta Alice. Prefira os carboidratos complexos, como batata-doce, arroz integral, quinoa e grão-de-bico, que promovem maior sensação de saciedade e auxiliam no controle do peso.
Açúcar: o grande vilão
Sabe a grande quantidade de açúcar que você insiste em colocar no copo de leite? Ela é totalmente dispensável. Isso porque ela é uma das substâncias presentes na alimentação não tem nenhum valor nutricional e ainda diminui a absorção de outros nutrientes. Muito prejudicial, no organismo o açúcar é rapidamente digerido e vai para a corrente sanguínea em forma de glicose. “O pâncreas produz insulina que ajuda a glicose a entrar nas células, produzindo energia. O excesso se acumula no corpo transformando-se em gordura”, explica Alice Amaral, médica especialista em nutrologia. Existem quatro tipos de açúcar:
– Glicose: obtida de várias frutas e plantas e, industrialmente, a partir do amido
– Frutose: presente em frutas e no mel
– Sacarose: proveniente da cana-de-açúcar e da beterraba
– Lactose: encontrada no leite
Gordura: saiba como escolher essas substâncias presentes na alimentação
Essenciais para o organismo, esse grupo alimentar participa da regulação hormonal e são divididas em cinco tipos:
Insaturadas: estão presentes em alimentos de origem vegetal e nos peixes. Elas possuem dois subgrupos:
• Monoinsaturadas: encontradas no azeite e no abacate
• Poli-insaturadas: fontes de ômega 3 e 6, estão presentes em nozes, peixes e sementes de linhaça e girassol
Saturadas: estão em alimentos de origem animal, como carnes e leite
Trans: produzida quimicamente por um processo de hidrogenação, tem a finalidade de acentuar o sabor e fornecer durabilidade aos alimentos industrializados, como salgadinhos, bolachas e sorvetes
Podemos classificar essas substâncias presentes na alimentação em branca, que é ruim e se acumula no corpo, e marrom, que é boa, produz calor e mantém a temperatura do organismo. O tipo saturado, em excesso, e a trans são as gorduras brancas; já as saturadas entram no time da marrom.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Alice Amaral, médica especialista em nutrologia e medicina do exercício e esporte, de Juiz de Fora (MG)
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