Síndrome de Asperger: você sabe o que é?

Os portadores da síndrome de Asperger conseguem conviver bem socialmente, pois se trata de um grau mais leve do Transtorno do Espectro Autista

- Os portadores da síndrome de Asperger se destacam na questão acadêmica e nas empresas tecnológicas. Foto:iStock.com/Getty Images

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange diversos níveis do autismo. Um deles é conhecido como Síndrome de Asperger, uma forma classificada pela literatura médica como leve, pois os indivíduos conseguem, na maior parte das atividades, conviver bem socialmente – diferentemente dos casos graves de autismo.

Conhecendo a síndrome

A Síndrome de Asperger prejudica a interação social e manifesta interesses específicos e repetitivos no portador. Apesar do distúrbio ter se unido ao autismo no diagnóstico do TEA, os dois apresentam algumas diferenças entre si. Essa mudança na identificação da síndrome fez com que ela passasse a ser considerada um grau mais leve do espectro autista. Devido à sutileza dos sintomas, muitas vezes o transtorno – que não possui cura – passa despercebido pelos olhos não-treinados e, por isso, é importante ficar atento aos possíveis sinais.

 

Identificando o problema

Como os sinais são mais leves na Síndrome de Asperger, os sintomas podem ser entendidos como aspectos da personalidade da criança, que acaba tendo suas interações sociais prejudicadas. Os portadores possuem dificuldades em entender e praticar a  linguagem corporal, exibindo poucas expressões faciais. Apresentam também má coordenação, atrasos motores e a obsessão por temas específicos. Por essa razão e pela alta incidência – 3 a 7 diagnosticados em cada mil crianças – , a identificação precoce é importante. “O diagnóstico é clínico, feito por meio da observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os pais são os primeiros a identificar os sinais e são muito importantes neste processo”, explica a neuropsicóloga Joana Portolese. Observa-se que a síndrome é mais comum em meninos, entretanto, as razões ainda não foram esclarecidas.

Como tratar

O quadro não possui cura, mas o acompanhamento ajuda os pacientes a desenvolverem melhor as habilidades sociais e controlar alguns sintomas decorrentes. De acordo com Joana, “o tratamento mais indicado para as crianças portadoras é a terapia comportamental, que tem como objetivo melhorar atitudes inadequadas e ensinar padrões de comportamentos sociais”.
A  medicação e as terapias psicodinâmicas controlam ansiedade, agitação, depressão e os problemas de atenção, condições  eventualmente associadas ao TEA. Em razão do menor comprometimento do indivíduo no transtorno, os portadores podem atingir autossuficiência. “No TEA leve é esperado um nível maior de autonomia na inserção no mercado de trabalho, nos relacionamentos amorosos e até uma vida independente”, finaliza a profissional.

Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Joana Portolese, neuropsicóloga

 

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