As doenças cardiovasculares ainda são a maior causa de mortes no mundo, afetando 17 milhões de pessoas por ano. E embora este número esteja diminuindo em decorrência dos novos tratamentos, os índices ainda são preocupantes. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, essa taxa anual chega a 300 mil, o que corresponde a uma morte a cada dois minutos em decorrência de problemas cardíacos, sendo infarto o mais comum. Mas, segundo Marcelo Luiz Peixoto Sobral, cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, os sinais de infarto podem ser detectados com até um mês de antecedência de forma que é possível, sim, preveni-lo. Saiba mais!
Gênero e histórico contam
Tanto homens quanto mulheres possuem chances de sofrerem infarto. Entretanto, existem alguns grupos mais propensos. “Dentre os que sofrem mais risco de um infarto estão os homem com mais de 45 anos e as mulheres após entrarem na menopausa”, destaca o profissional. Além disso, estão mais propensos quem já possui histórico familiar de problemas cardiovasculares, como também as que apresentam hipertensão, colesterol elevado, diabetes e obesidade. “Pessoas que fumam, bebem exageradamente, são muito estressadas e sedentárias também têm maior predisposição a infartar”, alerta o cirurgião cardiovascular.
Segundo o especialista, os sinais de um ataque cardíaco ou mesmo de um infarto agudo do miocárdio podem aparecer até 30 dias antes do evento cardíaco, o que contraria o mito de que é impossível detectar o mal súbito a tempo de evitá-lo. Na maioria dos casos, os sintomas mais recorrentes foram detectados durante as 24 horas anteriores.
Os prévios sinais de infarto
Não é apenas a dor no peito que indica que algo está errado. Os sinais de infarto incluem também alguns sintomas que, aparentemente, não possuem ligação com a enfermidade. “Há também a dispneia, uma alteração do ritmo respiratório que causa falta de ar, identificado principalmente entre as mulheres. É comum, até um mês antes de infartar, que a pessoa tenha náuseas, azia e queimações abdominais, fadiga excessiva, insônia, tontura e até desmaios”, elenca o profissional. Nas 24 horas anteriores, os pacientes podem apresentar palpitações, alteração na pressão, formigamentos nas extremidades do corpo, fraqueza e suor frio. “Por isso, ao perceber a recorrência de alguns destes sintomas simultaneamente, é importante procurar um médico para evitar uma fatalidade”, conclui Sobral.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Marcelo Luiz Peixoto Sobral, cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
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