Antes de analisar a briga quantidade x qualidade de alimentos, é preciso entender que seguir um cardápio balanceado é essencial para alcançar o corpo desejado. Esse equilíbrio depende de uma regra básica: incluir na dieta a quantidade certa de todos os grupos alimentares (veja mais sobre os grupos na tabela ao lado). Para isso, é preciso construir novos hábitos, um processo gradual que deve levar em conta muito mais a inclusão de alimentos de qualidade do que o controle das quantidades e calorias. Uma pesquisa da Universidade de Harvard (EUA) mostrou que os alimentos integrais possibilitam maior perda de peso nas dietas quando comparados aos refinados, apesar de o número de calorias ser o mesmo. O que ocorre é que os alimentos com maior valor nutricional suprem as necessidades do organismo e ainda ajudam a manter a saúde. “É preciso substituir os produtos industrializados, gordurosos, com excesso de açúcar e sódio por opções naturais, com mais fibras e outros nutrientes que aumentem a saciedade”, ensina Maximo Asinelli, nutrólogo de Curitiba (PR).
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Quantidade x qualidade
Ao melhorar a qualidade dos alimentos, fica mais fácil reduzir o volume consumido. Um exemplo de substâncias que facilitam o emagrecimento são as fibras, encontradas nos vegetais e cereais integrais. Esses nutrientes demoram mais tempo para serem digeridos, assim, prolongam a sensação de saciedade e contribuem para a digestão. Além das fibras, deve-se aumentar o consumo de água para evitar que o funcionamento do intestino fique comprometido com o ressecamento das fezes e a produção de gases. “A mastigação também tem um papel importante, já que mastigando devagar o corpo fica saciado mais rápido, necessitando de menos alimento”, completa o profissional.
Evite mudanças radicais
As dietas que restringem determinados alimentos para reduzir o consumo de calorias não são recomendadas pelos especialistas. “Ao cortar um tipo de alimento e consumir poucas calorias, o organismo é obrigado a utilizar outras fontes de energia como as gorduras acumuladas para manter ativas as suas funções vitais”, explica Maximo. A perda de peso acontece, mas, por outro lado, não traz benefícios a longo prazo, pois reduz os nutrientes necessários para a manutenção do organismo. A mesma regra vale quando se faz uma mudança radical nos hábitos alimentares. Uma consequência disso é a volta dos quilos perdidos, o chamado efeito sanfona: “Ele é inevitável, já que ninguém consegue manter uma alimentação restritiva por muito tempo”, comenta Asinelli.
Essencial para manter a forma
Saber escolher os alimentos faz com que o organismo fique mais controlado e saudável, ajudando até mesmo na eliminação das gorduras. “Não adianta fazer dietas com muitas restrições, pois dificilmente alguém conseguirá manter essa mesma alimentação durante a vida toda”, garante o especialista. Tanto para perder peso quanto para não recuperar os quilos eliminados, a melhor escolha é a reeducação alimentar. Para isso, é preciso fazer mais refeições ao dia, dar preferência aos produtos naturais, evitar o consumo de gorduras, açúcar, frituras e alimentos industrializados, que podem matar a fome momentânea, mas resultam no aumento do estoque de gorduras no corpo e na falta de nutrientes importantes. “Ao aprender a comer bem, o indivíduo emagrece sem passar fome e ainda fortalece o sistema imunológico”, afirma Maximo. A disciplina garante que os resultados da dieta sejam mantidos por longo prazo, desde que você não retorne aos exageros. Praticar exercícios físicos regulares e beber 8 copos (1,6 litros) de água ao longo do dia também é fundamental.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Maximo Asinelli, nutrólogo de Curitiba (PR), (41) 3015-6001, www.clinicaasinelli.com
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